O presidente dos EUA, George W. Bush, utilizou um dispositivo legal e nomeou na manhã desta segunda-feira John Bolton como embaixador americano nas Nações Unidas, afirmando que ele é "o homem certo para o trabalho" e que ele possui sabedoria e experiência para ocupar o cargo na ONU, entidade da qual o conservador é um feroz crítico. Com a nomeação, Bush passou por cima do Senado, que ainda precisava ratificar a escolha do presidente. A manobra presidencial foi raramente utilizada na História dos EUA.
Na cerimônia de nomeação, Bolton fez um breve discurso, no qual agradeceu a confiança do presidente e prometeu "trabalhar incansavelmente" pelo bem dos EUA.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, deu as boas-vindas a Bolton e disse estar disposto a trabalhar com o novo embaixador, como o que está fazendo com os demais 190 representantes das outras nações na entidade. Mas o secretário-geral exortou Bolton a trabalhar no espírito do "dar e receber" para ser bem-sucedido na missão.
Os democratas estavam retardado a nomeação de Bolton por acusações de que ele tentou manipular o serviço secreto americano e intimidar analistas de inteligência para que apoiassem suas opiniões mais conservadoras quando ocupou o cargo de mais alto diplomata americano para o controle de armas.
Bush argumenta, contudo, que além de Bolton ter o perfil certo para buscar reformas na ONU, ele o quer já no cargo para estar preparado para a Assembléia Geral do órgão, em setembro.
- Esse cargo é muito importante para deixá-lo vago mais tempo, especialmente em meio a uma guerra e um debate vital sobre as reformas da ONU - disse o presidente, justificando a medida.
O presidente tem a faculdade de designar funcionários enquanto o Congresso estiver em recesso. Tais designações só duram até a abertura do próximo período legislativo, que, neste caso, será em janeiro de 2007.
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