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Um avião cargueiro C-17 dos Estados Unidos voou carregado com suprimentos para a Geórgia nesta quarta-feira (13), enquanto o governo americano disse que revisará e suprirá as necessidades para reconstruir o Exército da Geórgia.

O presidente George W. Bush anunciou o início da ponte aérea de socorro, alertando a Rússia que Moscou precisa garantir que aeroportos, portos e rodovias permaneçam abertos ao trânsito dos civis e trabalhadores humanitários. O avião já chegou a Tbilisi e os americanos despacharão outro C-17 com suprimentos na quinta-feira.

"Nos próximos dias, nós usaremos aviões americanos, bem como navios, para entregar suprimentos médicos e humanitários," disse Bush em comunicado da Casa Branca.

Enquanto isso, o Pentágono disse que revisará as necessidades militares do Exército da Geórgia, derrotado após quatro dias de batalhas com a Rússia pela posse da província separatista da Ossétia do Sul.

"Eles são um bom aliado. Estou convencido que a relação militar continuará e nós proveremos as necessidades deles," disse Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono.

Nos últimos quatro anos, os EUA providenciaram US$ 200 milhões em várias formas de assistência militar à Geórgia, para o país do Cáucaso treinar e equipar suas forças terrestres e especiais, além da missão da Geórgia no Iraque. A Geórgia era o terceiro país estrangeiro que tinha mais tropas na ocupação do Iraque, 2 mil soldados.

A movimentação do Pentágono traz o risco de conflito com a Rússia.

Bush disse hoje que estava preocupado com relatos de que os russos estacionaram tropas ao leste da cidade de Gori, em posição de cortar o tráfego da única auto-estrada que atravessa o país de leste a oeste, e de ameaçar a capital Tbilisi.

Os funcionários do Pentágono não quiseram comentar se os russos ofereceram garantias de passagem segura.

"Eu apenas direi que o governo russo foi notificado sobre o que nós estamos fazendo," disse Whitman.

Os funcionários do Pentágono também não disseram que medidas serão tomadas para proteger os esforços humanitários de assistência, que começaram em pequena escala mas deverão crescer nos próximos dias.

Mas o Pentágono, mais cedo, rejeitou de maneira veemente a sugestão do presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, de que os militares americanos tomarão o controle dos portos e aeroportos da Geórgia.

Oficiais do Pentágono também não quiseram comentar as declarações de Bush, de que a marinha dos EUA será usada para entregar suprimentos e ajuda humanitária à Geórgia.

O Pentágono disse que o cargueiro C-17 que já chegou a Tbilisi transportou uma equipe de 12 militares, que entregarão suprimentos médicos e de infra-estrutura, como tendas, aos georgianos. Além disto, a equipe fará um levantamento das necessidades mais urgentes da Geórgia. "Você precisa mandar uma equipe para avaliar quais são as necessidades. Após isso, você trabalha para atender essa urgência," disse o secretário de imprensa do Pentágono, Geoff Morrell.

As informações são da Dow Jones.

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