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EUA

Bush pedirá à Guarda Nacional que proteja fronteira com México

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deve anunciar nesta segunda-feira planos para deslocar membros da Guarda Nacional para a fronteira do país com o México, com objetivo de dar apoio aos esforços do governo para conter a imigração ilegal. A medida deve ser adotada no momento em que se intensifica o debate em torno da questão.

Bush deve fazer um discurso à nação às 20h (21h em Brasília) anunciando as medidas mais duras de controle da fronteira, enquanto se depara com uma pressão crescente dos aliados republicanos para garantir a segurança na divisa de 3.219 quilômetros com o México.

Autoridades do governo descrevem a convocação da Guarda Nacional como algo temporário e dizem que os soldados não devem realizar missões policiais. Mas outros temem que a Guarda Nacional, que conta com vários membros mobilizados no Iraque atualmente, seja sobrecarregada. Já o México se preocupa com a militarização de sua fronteira.

Segundo autoridades da Casa Branca, os soldados darão apoio logístico aos agentes da Patrulha de Fronteira dos EUA, cuja tarefa é prender imigrantes ilegais. O trabalho da Guarda Nacional incluiria missões de vigilância, construção e transporte.

Oficiais das Forças Armadas não quiseram falar em números. O consultor da Casa Branca Dan Barlett disse a um programa do canal ABC que seriam convocados menos de 2% dos cerca de 400 mil integrantes da Guarda Nacional atualmente em serviço (ou cerca de oito mil).

O plano aparece num momento em que os EUA debatem o que fazer com os cerca de doze milhões de imigrantes ilegais presentes em seu território, muitos dos quais arriscaram a vida para cruzar a fronteira em busca de trabalhos mal remunerados que os americanos não estão dispostos a fazer.

O Senado americano está prestes a debater uma reforma nas leis de imigração, que combinaria medidas mais duras de controle da fronteira com um plano para permitir a presença temporária no país de trabalhadores convidados. Bush dá apoio à criação deste plano, ao qual alguns conservadores se opõem ferrenhamente.

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