Helicóptero dos EUA é derrubado
Bagdá O comando militar dos EUA em Bagdá confirmou a queda de um helicóptero do Exército americano ao norte de Bagdá. Dois soldados que estavam a bordo morreram. Os militares não especificaram o tipo do aparelho nem identificaram os mortos.
Mais cedo, várias testemunhas haviam dito que dois helicópteros voavam juntos quando foram atacados por um grupo de insurgentes. Uma das aeronaves, um Apache, teria caído próximo a Taji, numa base aérea 20 km ao norte da capital iraquiana.
Outros três helicópteros permanecem desaparecidos desde 20 de janeiro, incluindo um que caiu no domingo durante um conflito em uma área perto de Najaf e outro que caiu na província de Diyala. Acredita-se que todos foram derrubados, mas o Exército não confirma o motivo da queda de nenhum dos aparelhos.
Enquanto isso, forças dos Estados Unidos mataram 18 supostos rebeldes depois de terem atacadas na cidade de Ramadi, disseram ontem fontes na polícia local.
Washington O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pedirá mais US$ 100 bilhões para operações militares e diplomáticas no Iraque e Afeganistão em 2007 e mais US$ 145 bilhões para o ano seguinte.
Segundo um funcionário do governo que não quis ser identificado, o pedido será feito na segunda-feira, quando a administração Bush apresentará a proposta de orçamento para o novo ano fiscal no país, que começa em 1º de outubro. O valor elevaria o investimento em guerras dos EUA para US$ 170 bilhões, em 2007. O Congresso já havia aprovado uma verba de US$ 70 bilhões. Para 2009, a Casa Branca prevê um gasto de US$ 50 bilhões, pois considera que a situação no Iraque estará sob controle.
O pedido do governo ainda terá de passar ainda por uma avaliação rigorosa do Congresso, atualmente dominado pela oposição democrata que tenta bloquear os planos de Bush de ampliar as tropas e conseqüentemente o orçamento no Iraque. Ontem, dois senadores (um democrata e um republicano) apresentaram uma proposta criticando as novas estratégias da Casa Branca e a Comissão de Relações Exteriores do Senado já havia aprovado uma moção semelhante.
A solicitação do governo de mais verba para guerras vem à tona no mesmo dia em que o Conselho Nacional de Inteligência divulga um relatório que traz uma panorama sombrio sobre a situação no Iraque. Formado por 16 agências de espionagem americanas, a organização afirmou que a violência sectária entre xiitas e sunitas no país supera a ameaça da Al-Qaeda e é, atualmente, a principal ameaça aos planos dos EUA.
O documento que foi entregue hoje ao Congresso também alerta para as conseqüências de uma rápida retirada das forças dos EUA, dizendo que a estratégia resultaria em uma "morte maciça de civis".
A medida, segundo o Conselho, também poderia incentivar uma intervenção de países vizinhos, deixando o governo numa situação em que dificilmente sobreviveria.
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