O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a exigir nesta terça-feira, uma maior colaboração da Síria, mas descartou uma ação punitiva contra esse país, inscrito na lista americana das nações que patrocinam o terrorismo.

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Em uma declaração exclusiva à rede de televisão árabe por satélite Al-Arabiya, Bush advertiu também o regime de Damasco que deve expulsar de seu território os combatentes palestinos e evitar que elementos terroristas cruzem sua fronteira para se infiltrar no Iraque.

O presidente dos EUA se referiu à investigação de uma comissão da ONU sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, dirigida pelo alemão Detlev Mehlis e que aponta a teoria de que no assassinato estiveram envolvidos os serviços secretos e de segurança tanto da Síria como do Líbano.

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- O relatório Mehlis incide na colaboração da Síria no atentado de Hariri. Esperamos que a Síria tome este assunto com mais seriedade e através de uma maior colaboração com a equipe investigadora da ONU - disse.

- Por isso pedi à minha secretária de Estado, Condoleezza Rice, que peça uma reunião urgente do Conselho de Segurança - acrescentou Bush.

O Conselho de Segurança tem previsto para esta terça-feira estudar o relatório redigido por Mehlis.

Perguntado sobre as possíveis sanções à Síria, Bush descartou que seu governo considere neste momento a possibilidade de uma intervenção bélica.

- A opção militar é uma decisão difícil. Esta opção é ainda o último recurso - indicou.

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Neste sentido, Bush indicou uma série de medidas que o regime de Damasco deve cumprir se deseja evitar que os Estados Unidos recorra à ação militar.

- Temos exigências constantes para a Síria. O país deve expulsar os combatentes palestinos de seu território e enviá-los aos territórios palestinos e deve impedir que os terroristas cruzem a fronteira para matar muçulmanos e crianças - destacou.

Alguns dos grupos palestinos mais radicais têm seus escritórios em Damasco. A Síria nega que facilite a passagem de radicais em direção ao Iraque através de seu território e nos últimos meses tem tomada uma série de medidas para tentar controlar melhor sua ampla fronteira com esse país. Damasco também nega qualquer implicação no assassinato em Beirute de Hariri, em 14 de fevereiro.