Ao se preparar para o quinto aniversário dos ataques de 11 de Setembro, o presidente americano, George W. Bush, disse neste sábado que o programa de detenções da CIA para interrogar suspeitos de terrorismo tem sido "inestimável" para prevenir outros atentados aos Estados Unidos.
Bush admitiu publicamente nesta semana que a CIA tem detido suspeitos de terrorismo, incluindo o suposto idealizador dos atentados de 11/09, Khalid Sheikh Mohammed, em locais secretos no exterior.
Ele anunciou que Mohammed e outros 13 suspeitos foram transferidos recentemente para a baía de Guantánamo, em Cuba, um centro de detenção do Pentágono, para serem processados no futuro.
O programa da CIA, revelado pelo "Washington Post" no ano passado, provocou protestos internacionais e críticas de grupos de direitos humanos .
Bush está inflexível às críticas e decidido a apoiar o programa, que desde os ataques de 11 de Setembro já prendeu quase cem suspeitos de terrorismo.
- Este programa tem sido inestimável para a segurança da América e seus aliados e nos ajudou a identificar e capturar homens, que o nosso serviço de inteligência acredita serem arquitetos dos ataques de 11 de Setembro - disse Bush, em seu pronunciamento semanal no rádio. - Se não fosse este programa, nosso serviço de inteligência acredita que a Al-Qaeda e seus aliados teriam êxito em lançar outro ataque contra o território americano - acrescentou.
Os democratas, que tentam obter o controle de pelo menos uma das duas Casas do Congresso nas eleições de novembro, estão destacando a impopular guerra do Iraque para os eleitores.
Cinco anos após os ataques do 11 de Setembro, a "America não está perto de ser tão segura como pode e deve ser", disse Sherrod Brown, de Ohio, um democrata candidato ao Senado.
As tropas americanas continuam a procurar o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, e seu vice, Ayman al-Zawahri, que desde 11 de Setembro veiculam esporadicamente vídeos e audios para mostrar que não foram capturados ou mortos .
- A América ainda enfrenta inimigos determinados - disse Bush. - A longo prazo, derrotar estes inimigos requer mais do que melhorias na segurança interna e ações militares no exterior. Nós também precisamos oferecer uma alternativa à ideologia de ódio dos terroristas - ressaltou.
O presidente americano planeja visitar no domingo e na segunda-feira os locais onde os aviões explodiram - o Ground Zero em Nova York, onde as torres gêmeas do World Trade Center foram derrubadas; o Pentágono, em Washington; e um campo da Pensilvânia.