O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta segunda-feira que quer "ver se é possível ou não ter paz" no Oriente Médio.
Ele fez o comentário ao falar sobre a conferência que deve se realizar nesta terça-feira na cidade americana de Annapolis, com a presença de representantes de mais de 40 países, para discutir o assunto.
Em um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, Bush disse que está ansioso para prosseguir com o diálogo com o premiê israelense e com a Autoridade Palestina.
"Eu estou otimista, eu sei que você está otimista, e quero agradecer a você por sua coragem e amizade", disse Bush ao líder de Israel.
Palestinos e israelenses têm defendido posições diferentes em relação aos resultados da conferência - enquanto os palestinos pedem o estabelecimento de um cronograma para a criação de um Estado próprio e a assinatura de uma declaração conjunta de princípios, Israel tem optado por não se comprometer com essas demandas.
Também durante o encontro com Bush, Olmert agradeceu o apoio internacional à conferência de paz, dizendo que faz toda a diferença que tantos países tenham aceitado participar da reunião.
"Desta vez, é diferente, porque nós vamos ter muita participação no que, eu espero, será o lançamento de um sério processo de negociação com os palestinos", disse o premiê, comparando esta conferência com outras que ocorreram no passado.
"Nós e os palestinos vamos nos sentar juntos em Jerusalém e pensar em algo que será muito bom, criando uma grande esperança para nossos povos."
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, teve um encontro separado com Bush, no qual voltou a deixar claro que espera resultados concretos no encontro de Annapolis, que chamou de "histórico".
"Nós temos muita esperança de que esta conferência produza negociações sobre o status permanente (de um Estado palestino), negociações ampliadas sobre todas as questões relacionadas ao status permanente entre Israel e o povo palestino, um acordo para garantir segurança e estabilidade", disse Abbas.
Israelenses e palestinos continuam tentando chegar a um consenso sobre um documento conjunto a ser divulgado na conferência, em que seriam estabelecidos os termos das futuras negociações.
Um assessor de Abbas, Yasser Abed Rabbo, disse que um consenso seria alcançado ainda nesta segunda-feira.
Por outro lado, o Conselheiro de Segurança Nacional de Bush, Stephen Hadley, já afirmou que "esta não é uma sessão de negociação, ela vai apenas lançar as negociações".
Cerca de 50 países, entre eles o Brasil, e organizações foram convidados para a reunião de Annapolis. Boa parte dos convidados, entretanto, tem pouca ou nenhuma ligação com o conflito entre israelenses e palestinos.
Síria e Arábia Saudita, dois países que não reconhecem Israel, confirmaram a participação no encontro, o que foi interpretado como um sinal importante do apoio árabe à conferência de paz.
A última negociação mais decisiva entre israelenses e palestinos ocorreu há sete anos, mas as questões-chave do encontro desta terça-feira não mudaram: a divisão de Jerusalém, a forma de um futuro Estado palestino e o destino dos refugiados palestinos exilados.
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