O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, compartilham o amor pelo beisebol, um interesse comum que pode ajudar a formar uma amizade que os dois líderes estão dispostos a incentivar, aprofundando também os laços de segurança entre os países.

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Depois do jantar na Casa Branca na noite de quinta-feira, com suas mulheres, os líderes se encontrarão no retiro presidencial de Camp David, em Maryland, para debates seguidos por uma entrevista coletiva e um almoço.

Abe faz sua primeira visita aos EUA, de dois dias, desde que assumiu o cargo, em setembro. Os esforço para convencer a Coréia do Norte a desistir de seu programa de armas nucleares, a crescente força militar da China e a guerra no Iraque estão entre os assuntos da agenda em Camp David.

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Mas Dennis Wilder, especialista em Ásia do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, disse que o encontro será também uma chance de desenvolver uma amizade pessoal.

Bush considerava o antecessor de Abe, Junichiro Koizumi, como um de seus melhores amigos. Quando eles visitaram juntos a mansão de Elvis, em Graceland, no ano passado, o carismático Koizumi usou óculos escuros e cantou partes dos maiores sucessos do cantor.

Abe tem personalidade mais reservada mas, a exemplo de Koizumi, quer ver o Japão assumindo um papel mais forte na segurança global - esforço que Washington incentiva. Abe fez da reestruturação da constituição pacifista do Japão um de seus principais objetivos.

"Quero ressaltar esta aliança global que temos com os japoneses, e isso vai além da administração Koizumi", disse Wilder. "Achamos que os japoneses têm um papel importante a cumprir internacionalmente, mas podem ter uma função internacional ainda maior."

Os crescentes e rápidos aumentos de gastos de defesa da China também deverão ser debatidos.

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Sobre a Coréia do Norte, que não cumpriu o prazo do acordo de fevereiro para fechar seu reator nuclear, alguns japoneses estão preocupados com um aparente relaxamento da posição de Washington que teria levado à assinatura do acordo.

O Japão deverá manter a posição de que Tóquio, participante das negociações entre seis países sobre o desarmamento da Coréia do Norte, não dará ajuda a Pyongyang até que veja progresso na disputa por seus cidadãos sequestrados há décadas.

Na frente econômica, David McCormick, da Casa Branca, deixou aberta a possibilidade de debates sobre as taxas de câmbio, mas afirmou que não será um tema principal.

Wilder disse que um dos tópicos que certamente surgirá será "o interesse na exportação mais significativa do Japão para os EUA nos último ano": o jogador de beisebol Daisuke Matsuzaka, do Boston Red Sox.

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