Pontos de discórdia
Confira quais são as principais críticas de Putin a Bush:
- A Rússia é contra a construção de bases norte-americanas de escudos antimísseis na República Tcheca e na Polônia.
- Putin está de olho na expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) próximo à fronteira russa.
- Os norte-americanos são a favor da independência da Província sérvia de Kosovo
Fonte: Folhapress.
Curitiba As relações entre os Estados Unidos e a Rússia não estão em seu melhor momento. Nos últimos meses várias tensões recrudesceram, lembrando a época da Guerra Fria. Hoje, George W. Bush recebe o presidente russo, Vladimir Putin, na propriedade da família Bush em Kennebunkport, em Maine. Pela primeira vez, Bush recepciona um líder estrangeiro nessa propriedade. O convite a Putin é um indício da preocupação norte-americana com as relações bilaterais.
O estopim para o agravamento das relações entre os dois países ocorreu, há alguns meses, após os EUA anunciarem a construção de um escudo antimísseis no Leste Europeu. O plano norte-americano provocou o aumento do fosso político-estratégico entre os EUA e a Rússia, cujos efeitos se estendem além do escudo: em dificuldades de negociação no Conselho de Segurança da ONU, distanciamento diplomático na Europa Ocidental e Oriental, elevando o clima de tensão, analisa Cristina Pecequilo, professora de Relações Internacionais da Univesidade Estadual Paulista (Unesp). "O encontro de hoje é uma tentativa de aparar arestas e manter as posições de barganha diplomática de ambos os lados. A posição da Rússia contra o escudo é mais defensiva do que ofensiva, devido ao encolhimento que este país passou nos últimos anos, visando a aumentar seu poder de barganha (como, por exemplo, a oferta de instalar o escudo em áreas de influência russa)."
Cristina considera que da parte dos EUA também não há muito interesse em manter a retórica agressiva, por conta das dificuldades que Bush vem enfrentando no Iraque, Irã e Coréia do Norte.
Mas alguns analistas acreditam que não há grandes expectativas sobre o encontro de hoje. Para Thomas Heye, diretor de Relações Internacionais do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), "de um lado se tem um presidente norte-americano em fim de mandato, com baixíssima popularidade e com o Congresso controlado pela oposição. Do outro, o presidente russo também está às voltas com a sua sucessão e com graves problemas domésticos, como a Chechênia". O que se vê é uma agenda complexa que exige mais do que vontade política, requer poder e prestígio, diz. Bush e Putin também devem discutir outras questões, como a situação dos palestinos, Kosovo e os programas nucleares do Irã e da Coréia do Norte.
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