Após seis generais da reserva, a maioria veteranos da guerra no Iraque, terem vindo a público pedir que o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, deixe o cargo por incompetência no manejo do conflito armado, o presidente George W. Bush viu-se obrigado a sair em socorro de um de seus aliados mais caros - e controversos .

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Rumsfeld se recusou a sair do cargo, dizendo que seria um verdadeiro "carrossel" se um oficial fosse derrubado cada vez que sofresse críticas. Mas a preocupante e crescente insatisfação militar com o secretário de Defesa, que alcançaria a maioria dos oficiais da ativa, é apenas parte da má fase e das pressões. Uma reportagem publicada nesta sexta-feira pela revista eletrônica Salon acusa o secretário de Defesa de ter conhecimento e endossar maus-tratos de um homem da Al-Qaeda em Guantánamo, numa série de interrogatórios cruéis que durou 54 dias.

- A liderança enérgica e firme do secretário Rumsfeld é exatamente o necessário neste período crítico. Ele tem meu total apoio e o mais profundo apreço - afirmou Bush num comunicado.

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Com duas novas adesões na quinta-feira, subiu para seis o número de altos generais da reserva dos EUA que vieram à público recentemente para pedir a renúncia do Secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld. Desta vez, foram o general Charles H. Swannack Jr., que liderou tropas no campo de batalha no Iraque em 2004 como comandante da 82ª Divisão Aerotransportada, e o general John Riggs.

Em entrevista ao jornal "The New York Times", Swannack disse:

- Precisamos continuar combatendo na guerra global contra o terrorismo e mantê-la longe de nossa costa. Mas não acredito que o secretário Rumsfeld seja a pessoa certa para combater nessa guerra, com base em seus fracassos absolutos no manejo da guerra contra Saddam (Hussein) no Iraque.

Segundo o jornal, militares de alta patente sustentam que a insatisfação pública de um número crescente de generais é uma manifestação incomum que "impõe um desafio significativo à liderança de Rumsfeld". A pressão contra Rumsfeld também seria crescente entre altos oficiais em serviço.

"Rumsfeld perdeu o apoio de oficiais militares que trabalham para ele. Não se enganem: os generais da reserva que estão falando contra Rumsfeld em entrevistas e artigos expressam a visão de centenas de oficiais em serviço", disse nesta sexta-feira o colunista David Ignatius, do "Washington Post". "Quando indaguei recentemente um oficial do exército com larga experiência de combate no Iraque quantos de seus colegas queriam Rumsfeld fora, ele calculou que 75%."

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Na quinta-feira, um porta-voz da Casa Branca dissera que a presidência dos EUA mantém a confiança em Donald Rumsfeld.

Antes de Swannack e Riggs, vieram a público criticar o secretário de defesa os generais: Anthony Zinni, do Corpo de Fuzeileiros Navais, John Batiste, que comandou a Primeira Divisão de Infantaria no Iraque, Gregory Newbold (Fuzileiros Navais) e Paul Eaton (Exército).