Washington O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, promoveu ontem uma mudança no Estado-Maior da Casa Branca, exigida por uma parte da base de apoio, preocupada com sua impopularidade. Nomeou um novo chefe de gabinete, um posto importante do governo. Bush aceitou a demissão de Andy Card, substituído pelo assessor para assuntos orçamentários da Casa Branca, Joshua Bolten uma forma de dizer que não cedeu à pressão de certos aliados republicanos nem às pesquisas sobre seu desempenho, às quais se declara indiferente.
"No início deste mês, Andy Card mencionou a possibilidade de deixar as funções de chefe de gabinete. Após cinco anos e meio, sentia, talvez, chegado o momento de retornar à vida privada", declarou Bush, emocionado. "No fim de semana passado, aceitei a demissão de Andy".
Uma parte da maioria republicana pressionava há algum tempo Bush, que chegou ao nível mais baixo nas pesquisas sobre sua atuação no governo, para que injetasse sangue novo em uma administração considerada sem fôlego e idéias. Essa medida é muito importante para que a maioria republicana nas duas câmaras do Congresso enfrente em novembro complicadas eleições parlamentares.
Menos de 40% dos americanos aprovam, hoje, a administração do presidente. A ameaça de uma guerra civil no Iraque três anos após o desencadeamento dos conflitos armados, a falta de atitude do Estado federal em relação aos furacões de 2005, os escândalos que se sucedem, a "cultura da corrupção" denunciada pela oposição democrata, e o fracasso de várias reformas minam a confiança no governo.
