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Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora | LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO
Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora| Foto: LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO

Washington – O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que há cerca de um ano enviou milhares de soldados para aumentar a vigilância na fronteira com o México, interromperá hoje suas férias e viajará para Yuma, no Arizona, para apresentar seu plano de reforma da lei de imigração.

A Casa Branca não deu detalhes da viagem, que coincide com a retomada das manifestações dos que pedem pela legalização de milhões de imigrantes ilegais.

Segundo o Escritório do Censo, há em torno de 12 milhões de imigrantes ilegais nos EUA, mas vários grupos que trabalham com a questão da imigração sustentam que o número poderia chegar a 18 milhões.

Na visita, espera-se que Bush inspecione o posto de entrada em frente à cidade mexicana de San Luis. Em maio do ano passado, chegaram a Yuma os primeiros destacamentos da Guarda Nacional de outros estados, enviados por Bush para que dêem apoio aos trabalhos da Patrulha de Fronteiras, que vigia quase 3.200 quilômetros na região limítrofe.

Os soldados, que cumprem turnos de duas ou três semanas, ajudaram na construção de cercas e na abertura de caminhos paralelos à fronteira para a circulação dos veículos da Patrulha. O contingente militar é de cerca de seis mil soldados.

Quando, em abril do ano passado, Bush anunciou a mobilização de soldados, também propôs um plano para lidar com a imigração, que incluiu um programa de trabalhadores temporários e sanções para os empregadores que contratassem imigrantes ilegais.

O plano de Bush contemplava ainda um processo para que a maioria dos imigrantes ilegais obtivesse, primeiro, a residência legal e, depois, a cidadania. Uma minuta de reforma migratória da Casa Branca, que vazou à imprensa na semana passada, solicita o estabelecimento de um novo visto "Z", que permitiria que os trabalhadores imigrantes ilegais solicitassem permissões de trabalho por três anos.

Os vistos poderiam ser renovados indefinidamente, mas custariam US$ 3.500 a cada vencimento. Para obter uma permissão e se transformar em residentes legais, os imigrantes irregulares teriam que retornar a seus países de origem, solicitar a entrada legal aos EUA em uma embaixada ou consulado americano e pagar uma multa de US$ 10 mil.

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