O presidente norte-americano, George W. Bush, vetou nesta quarta-feira, pela segunda vez, uma lei que previa a expansão das pesquisas com células-tronco embrionárias financiadas pelo governo dos EUA.
Uma maioria de dois terços de votos será necessária no Senado e na Câmara para vencer a oposição de Bush e tornar a medida lei, mas os defensores do projeto admitem que não contam com tal apoio.
Além de vetar essa legislação pela segunda vez em dois anos, Bush emitiu um decreto para incentivar os cientistas a tentar descobrir novas formas de obter células-tronco sem prejudicar embriões humanos. Mas os defensores da legislação afirmam que ela só permitiria aos cientistas usar embriões remanescentes de tratamentos de reprodução assistida, que seriam descartados.
Pouco depois de assumir o governo, em 2001, Bush permitiu que o financiamento federal fosse usado para 78 linhagens de células-tronco então existentes. A maioria demonstrou ter uso limitado. Os democratas prometeram pressionar o governo para ampliar o financiamento federal a esse tipo de pesquisa quando ganharam o controle do Congresso, no ano passado.
A senadora Hillary Rodham Clinton, umas das pré-candidatas democratas à Presidência, criticou a atitude de Bush e afirmou: "Quando eu for presidente, vou suspender a proibição às pesquisas com células-tronco".
Os democratas disseram que precisam de um só voto no Senado para conseguir a maioria de dois terços, mas ainda precisariam conquistar dezenas de votos na Câmara dos Representantes para derrubar o veto de Bush.
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