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Nova Délhi – Diante de outra reação de Hugo Chávez ao pedido do Senado brasileiro para que reveja a cassação da licença de funcionamento da RCTV e da convocação ao Itamaraty do embaixador venezuelano em Brasília, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, ministro Marco Aurélio Garcia, saiu ontem em defesa do regime de Chávez. Em Nova Délhi, ele teve o cuidado de, ao elogiar o governo vizinho, não confrontar o discurso e a nota oficiais do presidente Lula emitidos em Londres.

Na quarta-feira passada, o Senado aprovou uma moção pedindo que o governo venezuelano revisse a decisão, o que levou Chávez a enviar "pêsames" ao povo brasileiro por contar com um Congresso que "repete como um papagaio" as posições dos EUA. No dia seguinte, Lula revidou. Em nota oficial, expressou seu "repúdio" às declarações de Chávez, qualificadas como "manifestações que põem em questão a independência, a dignidade e os princípios democráticos".

Ontem, Chávez voltou à carga. "O Congresso do Brasil emitiu um comunicado grosseiro, que me obrigou a respondê-lo. Não aceitamos a ingerência de ninguém em assuntos internos", afirmou. Lula defendeu que a nota do Congresso não é grosseira e que os interesses políticos e econômicos bilaterais e os projetos de integração da América do Sul são importantes demais e justificam a decisão do Brasil de apaziguar sua relação com a Venezuela.

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