As autoridades do arquipélago de Cabo Verde, antiga colônia portuguesa na África encravada no Atlântico, aconselharam nesta segunda-feira (24) o desvio de rotas aéreas nas zonas próximas à erupção do vulcão Fogo, na ilha de mesmo nome, que começou no domingo.
Segundo os meios de comunicação portugueses, o vulcão, que solta lava espessa já estendida por vários quilômetros, obrigou a evacuar povoações próximas e levou o governo a decretar situação de alerta, embora ainda não haja informações sobre feridos ou vítimas mortais.
As autoridades aéreas recomendaram desviar o curso dos aviões pela fumaça que o vulcão solta, que alcança os 4,5 mil metros. O governo pediu calma à população e colaboração dos meios de comunicação para que informem sobre a erupção do vulcão e das medidas para minimizar suas consequências.
O vulcão entrou em erupção na manhã do domingo e hoje, segundo as últimas informações, foi detectada uma segunda cratera e fortes movimentos sísmicos. As autoridades temem que a lava possa chegar ao Parque Nacional de Fogo, criado precisamente no lugar onde aconteceu a última erupção na ilha, em 1995, que durou um mês. Então, mais de três mil pessoas perderam seus lares, destruídos pelos jatos de lava expulsos pelo vulcão que chegaram a medir dez metros de largura por dois de espessura e alcançaram uma velocidade de cinco km/h, enquanto as cinzas vulcânicas chegaram a uma altitude de entre 4 mil e 5 mil metros.
Cabo Verde, situado cerca de 1,5 mil quilômetros das Ilhas Canárias, é um arquipélago de origem vulcânica formado por 10 ilhas diante do litoral do Senegal e com uma população de cerca de 500 mil habitantes.
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