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Washington - A estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para o Afeganistão e a decisão de enviar mais tropas norte-americanas dependem da competência do governo de Cabul, disse ontem o chefe de gabinete Rahm Emanuel no programa State of the Union, da rede CNN. A questão fundamental não é "quantos soldados você envia, mas se tem um parceiro afegão confiável", disse, acrescentando que o país não tem o exército, a força policial e os serviços adequados.

As alegações de fraude na eleição presidencial de agosto mergulharam o Afeganistão na incerteza política no mo­­mento em que Obama estuda o contingente de tropas para lutar contra o Taleban. Mas Emanuel disse ser importante que o resultado da eleição seja visto como legítimo e crível, cabendo aos afegãos decidir se haverá um segundo turno entre o presidente Hamid Karzai e o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah ou uma negociação entre os candidatos. "Pior seria se o povo afegão pensasse que o rumo escolhido foi determinado pelos EUA."

A revisão da Casa Branca sobre a estratégia para o Afe­ganistão e as recomendações sobre o nível das tropas prosseguirá em reuniões da próxima semana e da seguinte, acrescentou Emanuel, que disse à CNN ser "leviano" de­­cidir o envio de mais tropas sem uma análise aprofundada. "Ba­­sicamente, essa guerra de oito anos está ao Deus dará. As tropas lideradas pelos EUA depuseram o governo do Taleban após os ataques de 11 de Setembro (de 2001) por oferecer um refúgio à Al-Qaeda, mas o movimento islâmico se reorganizou em uma insurgência impressionante. As baixas já alcançam a cifra de 68 mil soldados dos EUA no Afega­nistão, e os norte-americanos es­­tão se cansando da guerra.

O general Stanley McChrystal, comandante dos EUA e da Or­­ganização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, recomendou o envio de mais 40 mil soldados ao país.

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