Os Estados Unidos lançaram neste domingo (29) um novo ataque no Afeganistão contra supostos membros do Estado Islâmico (EI), grupo responsável pelo atentado terrorista no aeroporto da cidade quinta-feira (26) que vitimou 183 pessoas, sendo 13 militares americanos.
Ao menos cinco pessoas - três menores de idade -, morreram na explosão deste domingo em uma casa perto do aeroporto de Cabul, onde as tropas estrangeiras têm até terça-feira (31) para concluir a evacuação do país com a volta do grupo fundamentalista Talebã ao poder após 21 anos.
É o segundo ataque dos Estados Unidos após o atentado terrorista. Sábado (28), drones bombardearam um alvo na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, quando dois membros do EI teriam sido mortos.
A explosão deste domingo ocorreu em Khajeh Baghra, área residencial nos arredores do aeroporto. O alvo seria um carro-bomba pronto para entrar em ação. Segundo Qari Rashed, oficial da polícia de Cabul, um míssil atingiu o imóvel ao norte do aeroporto.
Um médico do Hospital Khairkhana, para onde foram levadas as vítimas do ataque deste domingo, confirma a morte de ao menos cinco pessoas, sendo três crianças. O ataque ocorre 24 horas depois do alerta emitido pelo Pentágono sobre "ameaças críveis" contra a missão no Afeganistão, concentrada no aeroporto da capital.
De acordo com a advertência, as ameaças de atentados no Afeganistão podem representar "os mais perigosos até agora", após o ataque cometido quinta-feira, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
O Estado Islâmico de Khorasan - braço do EI no Afeganistão e rival do Talebã - admitiu ter executado o atentado terrorista de quinta--feira no aeroporto, em que um explosivo acionado por um homem-bomba vitimou 183 pessoas, sendo 13 militares americanos. Sábado (28), os Estados Unidos já haviam atacado com drones na província de Nangarhar. Dois organizadores da explosão terrorista no aeroporto teriam sido executados sábado.
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