Washington (AFP) As autoridades envolvidas na caça aos "terroristas" no território norte-americano enfrentam várias dificuldades desde os atentados de 11 de setembro, como mostra o caso de um professor de origem árabe injustamente acusado de terrorismo na Flórida. Na terça-feira, o governo dos EUA não conseguiu convencer um júri da Flórida a condenar Sami Al-Arian, um ex-professor universitário de 47 anos acusado de terrorismo. Al-Arian foi acusado de dar assistência material a uma "organização terrorista" palestina, a Jihad Islâmica, responsável por atentados suicidas contra Israel. O governo americano fez um dossiê com base em escutas telefônicas e em documentos apreendidos.
Este caso será um teste para a polêmica lei do Patriot Act, que desde 11 de setembro dá às autoridades amplos poderes na luta antiterrorista. Sami Al-Arian, preso em fevereiro de 2003, poderá no entanto enfrentar um novo julgamento se não houver um consenso entre os jurados quanto às outras acusações.
Não é a primeira vez que acusações de terrorismo apresentadas por autoridades americanas parecem pouco convincentes ou que erros judiciários vêm à tona. Em 2004, dois marroquinos, Abdel-Ilah Elmardoudi, de 38 anos, e Karim Koubriti, de 26 anos, foram absolvidos das acusações de terrorismo apresentadas contra eles.
Em junho de 2003, os dois marroquinos haviam sido considerados culpados de um complô terrorista por atentados cometidos nos Estados Unidos, na Turquia e na Jordânia. Eles foram presos seis dias após os atentados de 11 de setembro de 2001.