Rinocerontes no Parque Nacional Kruger, na África do Sul| Foto: Kore Nordmann/Creative Commons

Caçadores ilegais mataram neste ano um total de 1.020 rinocerontes na África do Sul, dezesseis a mais do que em 2013, segundo dados governamentais divulgados nesta sexta-feira (21) pelo jornal "The Citizen".

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Entre 11 de setembro e a última quinta-feira (20), 250 animais morreram nas mãos do tráfico de chifres de rinocerontes. A maioria deles no Parque Nacional Kruger, situado no nordeste do país, onde 672 exemplares foram abatidos.

"Infelizmente, a ameaça da caça ilegal continuou crescendo", declarou na apresentação das últimas estatísticas a ministra do Meio Ambiente, Edna Molewa. "A caça é parte do comércio multimilionário internacional ilícito de espécies selvagens. Não é fácil lutar contra esta praga", acrescentou.

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Cerca de 350 caçadores que participam deste tipo de tráfico foram detidos este ano pela polícia. A África do Sul tem aproximadamente 20 mil espécies, a maior população de rinocerontes do mundo, que pode desaparecer nos próximos anos se o ritmo da caça ilegal não reduzir.

De acordo com especialistas, os principais destinos do chifre de rinoceronte são Vietnã e China, onde este produto - utilizado para preparar poções - se associa a propriedades curativas, rejuvenescedoras, afrodisíacas e ao sucesso social.

Apesar do uso de alta tecnologia, aeronaves, investimentos milionários e o envolvimento do exército, as autoridades sul-africanas não conseguiram até o momento deter a caça de rinocerontes, que não parou de crescer nos últimos anos. O úmero de rinocerontes abatidos por caçadores foi de 448 em 2011 e de 668 em 2012.