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A polícia da Coreia do Sul informou nesse domingo (6) que abriu processos de investigação contra 46 pessoas por ameaças de ataques pela internet.
O comunicado foi emitido após dois episódios seguidos de tentativas de assassinatos na última semana. O primeiro ocorreu na quinta-feira (3) dentro de um shopping em Bundang, bairro localizado na província de Gyeonggino, onde um jovem de 22 anos esfaqueou 14 pessoas e deixou uma morta, segundo as autoridades locais.
Horas antes, o autor do crime já havia atropelado outras quatro pessoas nas proximidades de uma estação de metrô. No sábado (5), o Tribunal Distrital de Suwon protocolou um pedido de prisão do acusado.
Outro caso aconteceu na sexta-feira (4), em Daejeon, onde um professor de ensino médio foi esfaqueado. O principal suspeito, de 20 anos, também foi detido.
De acordo com a agência Asia News, a polícia identificou que as ameaças foram publicadas principalmente em fóruns de debate, comunidades de estudantes universitários e redes sociais.
As autoridades de segurança pública anunciaram uma mobilização especial para encontrar os possíveis suspeitos de planejar os ataques a facas no país. O governo sul-coreano enviou oficiais e detetives para 89 regiões onde há mais probabilidade dos criminosos agirem.
Ataques a faca tem se tornado mais comum na Coreia do Sul e começou a preocupar a população, que pede a atuação do Estado na situação.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, se manifestou sobre os atos violentos, afirmando que "medidas ultra fortes seriam tomadas contra os agressores". Ele ainda classificou os crimes como "atos terroristas contra seus cidadãos".