
Investigadores russos responsáveis pela análise das caixas-pretas do avião que caiu sábado com o presidente e a primeira-dama da Polônia, Lech e Maria Kaczynski, a bordo, constataram que não houve defeito técnico.
Essa conclusão fortalece a hipótese de que os pilotos tenham rejeitado alertas sobre o mau tempo no aeroporto da cidade russa de Smolensk para atender à agenda das autoridades. O comando poderia ter optado entre outros três terminais, mas insistiu no de Smolensk, e, em sua quinta tentativa de aterrissagem, sofreu o acidente.
Nenhum dos ao menos 96 ocupantes sobreviveu. Com o casal presidencial viajavam vários líderes do país.
Restos mortais de 87 pessoas foram localizados, mas não há previsão para o reconhecimento. O corpo da primeira-dama foi identificado ontem. Ela e o marido deverão ser enterrados no sábado, depois de um velório aberto.
Condições de pouso
Segundo o procurador-geral da Polônia, general Andrzej Seremet, não há indícios de que o piloto tenha pousado sob pressão, mas o controle de tráfego aéreo confirma que não havia condições porque, embora o avião pudesse operar por instrumentos, o aeroporto não podia.
Em 2008, Kaczynski brigou e chegou a ameaçar um piloto que se recusou a pousar na Geórgia durante guerra entre o país e a Rússia.
Em queda de popularidade há três anos, o partido governista pode melhorar nas pesquisas da próxima eleição em especial se o irmão gêmeo do presidente, Jaroslaw, 60, decidir concorrer.