Cidade do México - O vencedor da eleição presidencial mexicana, o conservador Felipe Calderón, estendeu a mão aos adversários com o objetivo de formar um governo de união nacional. O gesto contrasta com a disposição para protestar. O esquerdista López Obrador convovou a população a ocupar as ruas da Cidade do México hoje.
"Peço para todos participarem com generosidade e patriotismo de um governo de união nacional", disse o candidato da direita católica em seu primeiro discurso, depois de realizar uma campanha agressiva, sobretudo contra o Partido da Revolução Democrática (PRD, esquerda), de Andres Manuel Lopez Obrador.
Quando entrou no governo Fox, no fim de outubro de 2005, ele havia anunciado a intenção de formar um governo de coalizão se o Partido da Ação Nacional (PNA de Calderón) não conseguisse assegurar maioria no Congresso. Ele prometeu não cometer os mesmos erros do presidente em final de mandato Vicente Fox que, por não ter maioria na Câmara de Deputados e no Senado, terminou o mandato sem ter realizado as reformas prometidas. "Teremos novamente um Congresso sem maioria. A mensagem que nós demos aos mexicanos é clara: trabalhem juntos, deixem de lado a política das facções, dos pequenos grupos e estejam de acordo para o bem do México", disse Calderón.
Além da formação de um governo e da constituição de uma maioria no Congresso, Calderón terá o desafio de reduzir as desigualdades entre pobres e ricos, entre o sul e o norte. Segundo o Instituto Federal Eleitoral, Calderón ganhou a eleição presidencial com ínfima margem de 236 mil votos, diante do candidato Obrador.