A Colômbia reforçou na quarta-feira o contingente de policiais, intensificou as patrulhas e ofereceu recompensas de até 20 mil dólares na cidade de Cali para tentar conter a escalada de ataques a bomba na cidade, atribuídos à guerrilha esquerdista, com o apoio do narcotráfico.
O presidente Alvaro Uribe participou na noite de terça-feira de uma conselho de segurança em Cali, capital do Departamento do Vale, 250 km a sudoeste de Bogotá, onde nos últimos dias seis ataques a bomba atribuídos às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deixaram dois policiais mortos.
``Existe a preocupação de que tenha ocorrido o deslocamento de militantes de Buenaventura, onde estamos realizando hoje uma operação militar e policial muito intensa, para a cidade de Cali''. disse o presidente, que empreende uma forte ofensiva contra as Farc desde que assumiu o poder, em 2002.
``Tudo isso tem uma grande coordenação com o narcotráfico, que infelizmente continua forte. Ainda há muitos escritórios de cobrança do narcotráfico na cidade de Cali'', acrescentou ele.
O presidente anunciou a incorporação de mais 350 homens à polícia de Cali e ordenou ao comandante da força, o general Jorge Daniel Castro, que despache a partir da cidade.
``O comando da Polícia Nacional vai se manter na cidade de Cali quantos dias forem necessários para recuperar a normalidade na cidade'', declarou o mandatário, que descartou a possibilidade de impor um toque de recolher.
Cali, importante centro empresarial e agroindustrial do sudoeste da Colômbia, tem mais de 2,5 milhões de habitantes.
Ataques a bomba são frequentes em Cali e fazem parte do conflito interno que já dura mais de quatro décadas na Colômbia e que mata milhares de pessoas ao ano.
Autoridades locais disseram que as Farc, o maior grupo guerrilheiro de esquerda da Colômbia, com cerca de 17 mil combatentes, está tentando recuperar o controle de importantes zonas de Cali para estabelecer um corredor estratégico ligado ao sudoeste do país.
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