Está fervendo. Nova York, 39ºC. Nova York, 103ºF. O 6 de julho não registra esse número desde 1999. A cidade não tem um calor assim desde agosto de 2001. É a sexta vez - na história - que a temperatura chegou a esses três dígitos.
Até os turistas que têm pouco tempo de férias, que passam o dia inteiro na rua, que não desperdiçam um minuto, que gastam com hospedagem - não resistiram. Em Times Square, um dos lugares mais movimentados do mundo, com esse calorão tem lugar sobrando.
Eles foram se esconder no ar condicionado da loja. A maior prova é ver uma mulher sentada em um canto onde só vende maquiagem. Em Times Square, nunca o anúncio mexeu tanto com o público. A boca secou, dá-lhe água mineral. Ou, simplesmente, água do chafariz.
Está pensando que Nova York não tem praia? Tem, sim. De concreto, mas tem. Na outra praia - a de grama - aquela que fica na área mais verde da cidade, pode ser que você encontre alguém. Mas é outra equipe de tevê no Central Park para fazer a mesma coisa: falar de calor.
Falar de calor e dizer quem nem na sombra tem gente. Também que santa mãe levaria um filho ao parque com essa temperatura? Só foi para a rua quem tinha que ir. O sinal abriu, encontre alguém com uma calça que vai até o pé, mesmo.
Coragem teve o brasileiro. Esperando o motorista vestido com paletó, só aguentou porque está vestido de azul clarinho.
"Isso é um tecido leve que se usa nessa época do ano. Um terno bem de verão. Aliás, um terno bem americano, já que não dá para abrir mão do terno e da gravata. Procuramos estar ao mesmo tempo elegante e, obviamente, com conforto", explica o brasileiro.
Desde que o ar condicionado chegue logo, ele esqueceu de dizer.
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