Um planeta maior que Plutão foi descoberto numa órbita a 14,5 bilhões de quilômetros do Sol, anunciou o Instituto de Tecnologia da Califórnia, o Caltech.
O planeta tem uma vez e meia tamanho de Plutão e é apresentado sem as dúvidas que cercavam a identidade de Sedna, outro objeto que chegou a se suspeitar que fosse um décimo planeta no Sistema Solar.
O novo planeta, por enquanto, é chamado de 2003UB313. "O planeta vai estar visível pelos próximos seis meses e está atualmente quase diretamente acima da cabeça no início da manhã no céu do Ocidente, na constelação Cetus", disse Brown.
A descoberta foi feita com ajuda do Telescópio Samuel Oschin, do Observatório Palomar, em janeiro, anunciou o cientista da Caltech Mike Brown, professor de astronomia planetária da Divisão de Ciências Geológicas e Planetárias.
"O planeta é um membro típico do Cinturão de Kuiper", diz um comunicado da Caltech, referindo-se ao conjunto de asteróides que orbitam o Sol para além de Plutão. "Mas seu tamanho absoluto em relação aos nove planetas já conhecidos significa que pode ser classificado apenas como um planeta, disse Brown."
Segundo a Caltech, o planeta é o objeto mais distante conhecido do Sistema Solar e o terceiro mais brilhante do Cinturão de Kuiper. Ele dá uma volta ao redor do Sol a cada 560 anos.
Também participaram da descoberta Chad Trujillo, do Observatório Gemini, e David Rabinowitz, da Universidade de Yale.
Os cientistas dizem que o planeta passou despercebido por tanto tempo porque sua órbita está num ângulo de 45 graus em relação ao plano em que os outros planetas giram em torno do Sol, o que dificulta a observação.
Em março de 2004, cientistas do Caltech, do Observatório Gemini e da Universidade de Yale haviam anunciado a descoberta de Sedna, um objeto para além de Plutão que poderia ser o décimo planeta do Sistema Solar. Sedna é menor que Plutão e sua identidade como um planeta nunca foi atestada.
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