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Negociação

Câmara americana propõe reforma da saúde de U$S 894 bi

Manifestantes em frente ao Congresso americano protestam contra lei que institui saúde pública nos EUA | Win McNamee/AFP
Manifestantes em frente ao Congresso americano protestam contra lei que institui saúde pública nos EUA (Foto: Win McNamee/AFP)

Washington - A liderança democrata da Câ­­mara dos Representantes (deputados) dos EUA apresentou on­­tem a sua proposta de lei para a reforma da saúde, que contempla uma expansão histórica do programa estatal existente para famílias pobres e inclui a chamada opção pública – plano governamental para competir com seguradoras privadas.

A proposta, orçada em US$ 894 bilhões em dez anos, a serem financiados parcialmente pela criação de um imposto sobre os ganhos dos cidadãos mais ricos, chega três dias após um plano similar ter sido divulgado pelo líder democrata no Senado, o senador Harry Reid. O projeto de Reid também contempla a opção pública, mas prevê que Estados poderão escolher se querem participar do programa – um dos pontos de maior controvérsia da re­­forma.

Tanto a versão da Câmara quan­­to a do Senado nasceram a partir de harmonizações de projetos an­­teriores diferentes aprovados por comissões das duas Casas -inclusive um da Comissão de Finanças do Senado que excluía a opção pública e era visto pela Casa Bran­­ca como a proposta com mais chances de ser aprovada.

Apesar disso, o plano ideal defendido por Obama inclui a opção pública. A reforma da saúde, uma das principais bandeiras domésticas de Barack Obama, é alvo de debates acalorados e responsabilizada em grande medida pela queda na aprovação do presidente, hoje em torno de 50%.

Ainda não está claro se os planos conseguirão votos suficientes para a aprovação. Republica­­nos e também alguns democratas se opõem fortemente e acusam a opção pública de "socializar’’ a medicina e ameaçar a so­­brevivência das seguradoras privadas.

Ainda assim, Obama se manifestou favoravelmente ao anúncio. A líder da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, disse que a proposta de 1.990 páginas é viável e deverá chegar ao plenário na próxima semana: "Estamos prestes a cumprir a promessa de tornar a saúde de qualidade acessível’’. Se passar, o plano ainda terá de ser unificado com o que eventualmente for aprovado no Senado.

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