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A Câmara dos Deputados da Argentina manteve nesta quarta-feira (9) um veto do presidente Javier Milei a uma lei sobre o financiamento das universidades públicas.
A lei obteve 160 votos a favor, 84 contra e houve cinco abstenções. Eram necessários dois terços da casa (171 votos) para o veto de Milei ser derrubado.
O apoio do PRO, partido do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), foi decisivo para a manutenção do veto, porque a legenda do atual mandatário, A Liberdade Avança (LLA, na sigla em espanhol), tem bem menos assentos que a oposição na Câmara argentina.
No mês passado, o Senado aprovou uma medida que havia passado em agosto na Câmara dos Deputados, que estabelece uma atualização do orçamento para as universidades públicas com base na inflação do ano passado e uma indexação bimestral por meio de um coeficiente que combinaria 50% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), 25% da variação do dólar e 25% dos aumentos das tarifas dos serviços públicos.
Na semana passada, Milei vetou a lei, alegando que ela prejudicaria a meta de déficit zero do seu governo e teria apenas objetivos políticos.
Em setembro, a oposição também não havia conseguido reunir dois terços dos votos na Câmara para reverter um veto do presidente a uma lei que estabelecia uma mudança nas aposentadorias e pensões que elevaria as despesas do Estado.