A Câmara Baixa da Itália aprovou neste sábado (23) o orçamento de 2018, abrindo caminho para a dissolução do parlamento na próxima semana.
De olho nas eleições do próximo ano, os legisladores aprovaram um orçamento que evita medidas impopulares e procura estender uma expansão econômica que já é a mais forte do país desde 2011.
Uma vez que o Senado italiano aprovar o Orçamento, o presidente Sergio Mattarella deve dissolver o parlamento e convocar novas eleições, que devem acontecer dentro de 70 dias. Espera-se uma votação no começo de março.
O Senado deve aprovar o orçamento nos próximos dias, antes do Ano Novo.
O orçamento de 20 bilhões de euros foca em medidas para elevar as receitas a fim evitar uma série de aumentos automáticos de impostos no próximo ano, para manter o déficit orçamentário da Itália sob controle.
O Partido Democrático, da situação, que vê seu apoio caindo nas pesquisas, está disposto a entrar na eleição com a economia em alta. Espera-se que a economia italiana tenha crescido 1,5% em 2017, no ritmo mais acelerado desde 2011.
O orçamento inclui iniciativas para companhias que gastaram em maquinário ou outras melhorias. Também introduz medidas de combate à pobreza. Mais de 4,7 milhões de italianos vivem em pobreza absoluta, quase o dobro do número registrado há uma década, de acordo com a agência nacional de estatísticas Istat.
Além disso, o orçamento inclui uma redução de três anos em contribuições para a previdência para companhias que empregam jovens com contratos de longo prazo, uma medida que tem o objetivo de reduzir a taxa de desemprego entre jovens de 35%.
Uma outra medida importante vai forçar companhias a pagarem uma taxa de 3% sobre serviços específicos de rede, para tirar mais dinheiro de gigantes da internet, como Amazon, Apple e Google. Essas companhias evitam muitos impostos italianos ao alegarem que não têm uma presença estável no país.
Com informações da Dow Jones Newswires.
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