A Câmara de Comércio do Paraguai entregou ao Senado um manifesto pedindo que não seja aprovado o ingresso da Venezuela ao Mercosul como sócio pleno porque, supostamente "o governo desse país promove o conflito em fez da cooperação".

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Domingo Daher, líder do influente grupo local, disse nesta quarta-feira aos jornalistas que "entregamos a Miguel Carrizosa, presidente do Senado, um pronunciamento no qual manifestamos que o Paraguai deve opor-se à incorporação venezuelana ao Mercosul nas circunstâncias atuais".

"O governo venezuelano, atualmente, prefere a generalização da luta de classe em vez da busca de coincidências", afirmou.

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O empresário disse que supostamente "o presidente Hugo Chávez não pretende se incorporar ao Mercosul, mas expandir as bases de seu regime que evolui no sentido contrário aos princípios que regem o bloco regional".

Carrizosa não fez comentários, mas Alberto Grillón, presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado, anunciou que o pedido de admissão da Venezuela ao organismo aduaneiro "não foi ainda analisado e talvez chegue a ser estudado no segundo semestre deste ano".

A solicitação foi apresentada por Chávez no final de 2006.

Os Parlamentos da Argentina e do Uruguai apoiaram o país, mas os Congressos do Brasil e do Paraguai foram contrários.

O acordo para o ingresso da Venezuela no Mercosul foi subscrito em 8 de dezembro de 2005, quando se destacou sua "importância" para a "consolidação do processo de integração da América do Sul no contexto da integração latino-americana".

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No acordo foi estabelecido os prazos para se chegar ao livre comércio, num processo de dedução tarifária, a partir de 1º de janeiro, mas foi estabelecida uma cláusula segundo a qual os prazos podem ser estendidos para 1º de janeiro de 2014 para produtos sensíveis. As informações são da Associated Press.