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A Câmara Municipal de Nova York, Estados Unidos, aprovou na segunda-feira a remoção de uma estátua de Thomas Jefferson que está há mais de cem anos na sua principal sala de reuniões. Por muitos anos, vereadores negros e de origem latina reivindicavam a remoção da estátua, devido ao passado escravagista de Jefferson, um dos Pais Fundadores dos EUA e primeiro autor da declaração de independência do país.
O movimento ganhou força desde o ano passado nos Estados Unidos, especialmente após o assassinato de George Floyd. Desde então, foram removidos diversos monumentos considerados símbolos do racismo e estátuas de figuras históricas vistas como representantes de um passado racista do país.
Um comitê da Câmara aprovou por unanimidade na segunda-feira a remoção da estátua, que é feita com base no modelo da estátua de bronze que está na Rotunda do Capitólio, em Washington D.C. Ela deve em breve ser transferida para a Sociedade Histórica de Nova York.
Segundo o NY Times, a sociedade concordou em apresentar a estátua em um contexto histórico que represente o legado de Jefferson como um dos fundadores da nação, mas também como alguém que teve mais de 600 escravos, e que teve seis filho com uma deles, Sally Hemings.
"Jefferson representa algumas das partes mais vergonhosas da história de nosso país", disse a vereadora Adrienne Adams, que é negra.