Está prevista para este domingo (21) à tarde a votação da reforma do sistema de saúde dos EUA na Câmara de Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil). São necessários 216 votos para a aprovação do projeto. O Partido Democrata tem maioria tanto na Câmara quanto no Senado, mas o projeto é ameaçado por resistências internas. No Partido Republicano, a rejeição é unânime, sob o argumento de que o custo da proposta é muito alto – US$ 940 bilhões em 10 anos.

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Caso seja aprovada, a reforma representará a maior mudança no sistema de saúde americano desde a criação, nos anos 1960, do Medicare, que garante o atendimento médico às pessoas com mais de 65 anos.

Na tentativa de sensibilizar seu próprio partido, ontem o presidente Barack Obama fez um apelo pessoal aos congressistas democratas para que aprovem as medidas, consideradas a grande prioridade de sua política doméstica. Ele negou as acusações dos republicanos de que o projeto é muito caro, e disse que os americanos ouviram "um monte de bobagens" sobre o conteúdo da lei.

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"Nós temos debatido o sistema de saúde por décadas. Agora foi debatido por um ano. Está em suas mãos", afirmou o presidente. "Esse é um desses momentos em que você pode dizer honestamente a si mesmo: é exatamente por isso que eu estou aqui. É por isso que eu entrei para a política", afirmou o presidente, que foi muito aplaudido.

O projeto inclui pelo menos 31 milhões de americanos que não têm planos de saúde. "Eu sei que será uma votação difícil", afirmou Obama. Ele disse reconhecer as pressões políticas contra a aprovação da reforma a poucos meses das eleições para o Congresso, em novembro, mas disse ter confiança de que "fazer a coisa certa para o povo americano" significará "a melhor opção política".