A Câmara de Representantes (deputados) dos EUA aprovou nesta quarta-feira (13) um projeto de lei bipartidário para pôr fim à coleta em massa de registros telefônicos de americanos pela Agência de Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês).
Aprovada por 338 votos a 88, a medida abre caminho para um confronto com o Senado antes de 1º de junho, quando expira uma seção da Lei Patriótica que permite à NSA coletar os dados para rastrear suspeitos de terrorismo. A Lei Patriótica foi criada em 2001, logo após os ataques do 11 de Setembro.
Chamada de USA Freedom Act (Lei de Liberdade dos EUA), o projeto da Câmara prevê substituir o atual programa da NSA por um sistema em que os dados sejam rastreados caso a caso.
As agências de inteligência teriam acesso a dados telefônicos e a outros registros apenas quando uma corte decidisse haver uma suspeita razoável de relação com o terrorismo internacional.
Se o projeto se tornar lei, representará uma das mudanças mais significativas após o ex-funcionário da NSA Edward Snowden ter revelado o amplo programa de espionagem da agência de inteligência em 2013.
Mas, apesar de ter sido facilmente aprovado na Câmara, não é certo que o projeto de lei tenha o mesmo destino no Senado.
O grupo bipartidário que apoia o projeto da Câmara enfrenta oposição do líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, que apresentou um projeto separado que prevê a manutenção do sistema em vigor.
Há também um grupo de senadores liderado por Rand Paul, que disputa a candidatura republicana às eleições presidenciais de 2016, pressionando por restrições ainda maiores para a coleta.
Um acordo terá de ser alcançado antes de 1º de junho, quando expira a seção 215 da Lei Patriótica. O debate sobre a questão ficou ainda mais complicado depois de uma corte federal de apelações em Nova York declarar ilegal o programa de espionagem da NSA no último dia 6.
Essa foi a primeira vez que uma alta instância revisou o programa, que, desde 2006, vem sendo repetidamente autorizado em segredo por uma corte nacional de segurança.
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Taxa de desemprego pode diminuir com políticas libertárias de Milei
Governadores e parlamentares criticam decreto de Lula sobre uso da força policial
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias