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Trabalhos forçados

Câmara dos EUA aprova lei que proíbe importações da região chinesa de Xinjiang

Uigures fazem orações em mesquita em Xinjiang, na China, em imagem registrada em abril de 2020 (Foto: EFE/EPA/WU HONG)

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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (8) uma lei para proibir as importações da região chinesa de Xinjiang. Segundo informações da agência Reuters, a medida foi tomada pelos parlamentares devido a uma “presunção refutável” de que todos os produtos de Xinjiang, onde o regime chinês montou uma rede de campos de detenção para uigures e outras minorias muçulmanas, são fabricados por meio de trabalhos forçados.

A lei foi aprovada por esmagadora maioria: 428 representantes votaram a favor da matéria e apenas um contra. Agora, ela será votada no Senado; se aprovada, segue para sanção do presidente Joe Biden.

A situação em Xinjiang é o foco das críticas dos Estados Unidos à China na questão dos direitos humanos: além de prisões arbitrárias e trabalho forçado, relatos apontaram situações de abuso sexual e esterilizações à força na região. A China nega as acusações.

Nesta semana, os Estados Unidos anunciaram um boicote diplomático aos Jogos de Inverno de Pequim, que serão realizados em fevereiro: atletas americanos ainda participarão das competições, mas Washington não enviará representantes oficiais à capital chinesa.

A administração Biden citou o “genocídio e crimes contra a humanidade da República Popular da China em Xinjiang” como um dos principais motivos para o boicote. Também citando violações a direitos humanos, Reino Unido, Canadá e Austrália anunciaram que também boicotarão diplomaticamente os Jogos de Pequim.

Nesta quarta, a Câmara dos Representantes dos EUA também aprovou, por 428 votos a zero, uma resolução para apontar que o Comitê Olímpico Internacional (COI) violou seus próprios compromissos de direitos humanos ao colaborar com o governo da China.

Além disso, com 427 votos a favor e um contrário, a casa aprovou outra resolução condenando o “genocídio em curso e crimes contra a humanidade” cometidos contra uigures e membros de outros grupos étnicos e religiosos minoritários na China e solicitando providências das Nações Unidas.

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