Relação dos EUA com o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, deve continuar turbulenta nos próximos anos| Foto: EFE/ Henry Chirinos
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A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei apoiado por republicanos e democratas que complementa as normas que proíbem o governo americano de contratar pessoas que tenham vínculos comerciais com o “governo ilegítimo de Nicolás Maduro” na Venezuela.

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A chamada Lei Bolívar, oficialmente Lei de Proibição de Operações e Arrendamentos com o Regime Autoritário Ilegítimo da Venezuela, que agora deve ser aprovada pelo Senado, também estabelece a mesma proibição para "qualquer governo sucessor de (Maduro) na Venezuela que não é reconhecido como legítimo pelos Estados Unidos".

O governo americano não reconheceu a reeleição do chavista nas eleições fraudulentas de julho, mas sim o líder da oposição Edmundo González Urritia, que considera o vencedor do pleito.

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A lei foi apresentada por dois representantes da Flórida, o republicano Mike Waltz e a democrata Debbie Wasserman Schultz, que consideram, nas palavras do primeiro, que os Estados Unidos deveriam “manter as sanções existentes contra o regime e procurar ampliá-las para minimizar os recursos de Maduro para abusar das liberdades e da prosperidade do povo venezuelano".

“Esta legislação envia uma mensagem clara e poderosa a Maduro, bem como a outros ditadores em todo o mundo, de que não haverá apaziguamento, não haverá tolerância, não haverá recompensa pelas suas ações ilegais e desonestas”, disse Waltz em um comunicado.

Wasserman Schultz falou na mesma linha: “Estou orgulhosa de ajudar a liderar esta legislação bipartidária que cortará a rede de apoio de Maduro e enviará uma mensagem clara de que os americanos não tolerarão a repressão antidemocrática e certamente não a subsidiaremos”.

“A menos que os Estados Unidos se livrem dos interesses corporativos obscuros que permitem a corrupção e o roubo eleitoral de Maduro, não podemos dizer verdadeiramente que estamos comprometidos com o povo venezuelano”, disse a congressista.

Waltz destacou que “Maduro e seus comparsas zombaram e ignoraram a vontade eleitoral do povo venezuelano, incitando ações violentas contra a oposição democrática”.

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Referia-se assim às eleições de 28 de julho e à proclamação de Maduro como vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral, questionada pela oposição que, com base nos dados das atas de votação, afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o escolhido pelo eleitorado.

O congressista afirmou ainda que a política americana “deve basear-se na solidariedade com os bravos ativistas que se esforçam para quebrar as cadeias da opressão e não fornecer ajuda e conforto aos seus opressores”.

Waltz concluiu com uma mensagem ao Senado para "aprovar rapidamente este importante projeto de lei e enviá-lo à mesa do presidente para assinatura".

O projeto de Waltz e Wasserman Schultz também foi promovido pelos congressistas María Elvira Salazar, Carlos Giménez e Mario Díaz-Balart, todos os três de origem cubana e republicanos, e Jennifer González-Colón, representante de Porto Rico, entre outros.

O futuro secretário de Estado do governo de Donald Trump, o senador Marco Rubio, apoiou projetos semelhantes em legislaturas anteriores.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]