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crise migratória

Câmara dos EUA aprova projeto que dificulta entrada de refugiados sírios

Barco de refugiados chega a ilha de Lesbos, na Gécia: cena virou cotidiano nos países costeiros da Europa | YANNIS BEHRAKIS/REUTERS
Barco de refugiados chega a ilha de Lesbos, na Gécia: cena virou cotidiano nos países costeiros da Europa (Foto: YANNIS BEHRAKIS/REUTERS)

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta (19) um projeto de lei que dificulta a entrada de refugiados sírios no país.

O projeto, que foi aprovado por 289 votos -- inclusive de parlamentares democratas -- contra 127, prevê que, para cada refugiado sírio e iraquiano aceito pelo país, o presidente do FBI, o secretário de Segurança Doméstica e o diretor de Inteligência Nacional garantam que a segurança do país não ficará ameaçada. Para a Casa Branca, a exigência é impraticável.

Agora, o projeto irá para o Senado, que deverá votá-lo depois do recesso do feriado do Dia de Ação de Graças. Não há previsão de como os senadores responderão à proposta.

A Casa Branca já se pronunciou mais de uma vez dizendo que vetará o projeto de lei, caso ele seja aprovado pelo Legislativo. No entanto, se isso ocorrer, os parlamentares deverão aumentar sua resistência contra as propostas do presidente Barack Obama sobre a intervenção americana na Síria contra a facção terrorista Estado Islâmico.

A aprovação do projeto pela Câmara acontece menos de uma semana após uma série de ataques terroristas em Paris, em que 129 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Segundo investigadores franceses, as impressões digitais de um homem-bomba de Paris coincidem com os registros de um homem que entrou na Grécia em outubro com um passaporte sírio.

Em uma audiência na Câmara antes da votação, a chefe do escritório para refugiados do Departamento de Estado dos EUA, Anne Richard, disse que os sírios que tentam entrar nos EUA oferecem menos ameaça ao país do que outras nacionalidades.

Ao ser questionada pelos deputados se o governo americano monitora os refugiados sírios depois de sua entrada nos EUA, Richard disse que o acompanhamento é feito por três meses. “Eles não são tratados de forma diferente do que outros refugiados. Os sírios oferecem menos ameaça, na realidade, porque eles fugiram de seu país. Eles marcaram sua posição com seus próprios pés.”

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