A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, de maioria republicana, aprovou na sexta-feira (14) um projeto orçamentário para o Pentágono, que veta auxílios do governo para que militares possam abortar ou se submeterem a tratamentos de transição de gênero.
O projeto, que segue para votação no Senado, onde os democratas são maioria, conta com emendas incluídas pelos republicanos para impedir que o Departamento de Defesa subvencione os gastos de viagem para abortar e para se submeter a tratamentos hormonais ou cirúrgicos de transição de gênero.
O Pentágono anunciou no ano passado a intenção de pagar a militares ou familiares de militares que queiram viajar para estados onde o aborto é legal, depois que a Corte Suprema derrubou decisão que impedia os estados americanos de legislar livremente sobre o tema. Desde então, vários estados governados pelos republicanos promulgaram ou reativaram leis pró-vida, para restringir ou proibir o aborto.
Os republicanos enxergam a votação na Câmara dos Representantes como uma vitória sobre uma suposta “tentativa de doutrinação” dentro do Pentágono, segundo afirmou Steve Scalise, um dos líderes do partido na Câmara dos Representantes.
As emendas foram recebidas com críticas dos congressistas democratas, que votaram, majoritariamente, contra elas.
O projeto de lei garante um orçamento de mais de US$ 800 bilhões (R$ 3,83 trilhões) ao Departamento de Defesa americano.
Os fundos acordados chegam a US$ 45 bilhões, a quantidade inicialmente pedida pelo presidente dos EUA, Joe Biden, para enfrentar os efeitos da inflação e acelerar a implementação da Estratégia Nacional de Defesa.
Assim, o projeto de lei autoriza o uso de US$ 12,6 bilhões (R$ 60,4 bilhões) para enfrentar os impactos da inflação, outros US$ 2,8 bilhões (R$ 18,2 bilhões para combater esse efeito com projetos de construção militar e US$ 2,5 bilhões (R$ 11,9 bilhões) na compra de combustível.
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