O advogado da camareira de hotel que acusou o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn de abusar sexualmente dela em um hotel de Nova York disse ontem que pretende mover uma ação civil em breve. Kenneth Thompson, advogado de Nafissatou Diallo, não especificou quando isso será feito. "Eu disse em breve. Em breve quer dizer em breve".
A camareira lançou um apelo público cheio de emoção para que as pessoas acreditem em sua história. O processo criminal está cercado de incertezas há semanas, desde que os promotores revelaram ter descoberto várias discrepâncias nos relatos que ela fez sobre seu passado.
Nafissatou disse na coletiva aos jornalistas que não consegue parar de chorar e que gostaria que nenhuma outra mulher tivesse que sofrer como ela, primeiro às mãos de um agressor poderoso e depois por ter sua história colocada em dúvida. "Estou passando por muitas coisas. Eu e minha filha choramos todos os dias, não conseguimos dormir", disse Nafissatou, emocionada e às lágrimas. "Muitas coisas que andam dizendo sobre mim não são verdade", disse a mulher.
Strauss-Kahn, de 62 anos, enfrenta acusações criminais que incluem a tentativa de estupro, agressão sexual e abuso sexual. Seus advogados descreveram o esforço da camareira para vir a público como uma tentativa de última hora dela e seus advogados de arrancar dinheiro do ex-chefe do FMI.
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