O primeiro-ministro do Reino Unido defende a intervenção do grupo de países que lidera na guerra contra o Estado Islâmico| Foto: REUTERS/Neil Hall

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta sexta-feira no Parlamento que a luta contra o Estado Islâmico (EI) levará "não meses, mas anos", e defendeu a necessidade de participar dos bombardeios por razões de segurança nacional.

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Cameron abriu o debate realizado pela Câmara dos Comuns, que deverá votar uma moção sobre a participação do Reino Unido nos ataques aéreos contra posições do EI no Iraque.

O chefe do Governo, que convocou esta sessão parlamentar de caráter extraordinário, afirmou que a "brutalidade" dos jihadistas do EI é própria da Idade Média.

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Segundo Cameron, o EI é uma organização terrorista diferente de outras até agora conhecidas, pois se caracteriza por sua "brutalidade" e está "massacrando" e "violando" as pessoas no Iraque.

O primeiro-ministro argumentou que o Reino Unido tem o "dever" de tomar parte nos ataques aéreos, que se restringiriam ao território do Iraque e não à Síria, enquanto que descartou que seu país ou os Estados Unidos contemplem o desdobramento de forças terrestres.

"Haverá tropas em terra, mas serão tropas iraquianas, tropas curdas", esclareceu.

"A pergunta que há diante da câmara hoje é como mantemos os britânicos seguros da ameaça que o EI representa", disse o político conservador ao justificar a necessidade de Londres se unir a Washington e Paris nos bombardeios contra os jihadistas.

"Não há questão mais séria que pedir a nossas forças armadas colocar-se em perigo para proteger nosso país", afirmou Cameron, sobre a esperada participação dos militares do Real Força Aérea britânica (RAF) nos ataques aéreos.

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Espera-se que a intervenção britânica nos ataques seja aprovada pelos Comuns na votação prevista para as 16h (horário local, 13h em Brasília).

Cameron convocou os parlamentares após receber um pedido de ajuda do primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, durante a Assembleia da ONU desta semana.

O governo britânico considera que o sinal verde do Parlamento dará legitimidade à intervenção em território iraquiano.

O Reino Unido está alarmado com a violência dos jihadistas depois que eles mataram os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, além do britânico David Haines.

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