O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou neste domingo (14) depois de se reunir com o comitê de emergências de seu governo, que o Reino Unido "caçará" os responsáveis do assassinato do voluntário David Haines.
Em um comparecimento após seu encontro com responsáveis militares, policiais e de inteligência, Cameron disse que o Executivo britânico colaborará com seus aliados e dará "os passos que forem necessários" para enfrentar a ameaça do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"Temos que compreender que não podemos baixar a cabeça perante esta ameaça sem comprometer nossa segurança", disse o "premier" conservador, que ressaltou que a organização extremista deve ser "confrontada".
Cameron defendeu que o Reino Unido deve trabalhar "passo a passo" para "desmantelar e destruir" o Estado Islâmico de um modo "tranquilo e planejado", mas com "determinação".
O chefe do Executivo descreveu Haines, o voluntário executado pelos jihadistas após ser sequestrado no ano passado na Síria, como um "herói britânico" e ressaltou que os cidadãos do Reino Unido se sentem "doentes" após a divulgação das imagens nas quais um extremista, provavelmente britânico, executa o refém.
Cameron admitiu que "levará tempo acabar com uma ameaça como esta" e avançou que a estratégia para combater o EI "requer tomar ações tanto em casa como no exterior".
"Não podemos fazer a sós, devemos trabalhar junto com o resto do mundo", disse o primeiro-ministro do Reino Unido.
O voluntário escocês executado, de 44 anos, "foi assassinado do modo mais brutal imaginável, por uma organização que encarna o mal", disse o primeiro-ministro, que ressaltou que o voluntário "estava na Síria para ajudar gente".
"Sua decência e vontade de ajudar os outros custou sua vida. O país está orgulhoso do que fez em suas missões humanitárias", assinalou Cameron sobre Haines, que trabalhou como engenheiro nas forças aéreas britânicas (RAF) durante 12 anos antes de se dedicar à cooperação.
Cameron ressaltou que o Reino Unido prevê continuar prestando apoio humanitário às milhares de pessoas que fogem do Estado Islâmico no Iraque e Síria, ao mesmo tempo que avançou que seu governo buscará apoios internacionais para "mobilizar todo o apoio possível contra o EI".
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