Irreconhecíveis
Vítimas da explosão são enterradas em uma vala comum
Folhapress
O governo da Nigéria informou ontem que foram enterrados em uma vala comum 87 dos mais de cem mortos na explosão do caminhão-tanque no Estado de Rivers, no sul do país.
As autoridades afirmam que os corpos foram sepultados sem identificação e estavam irreconhecíveis devido às queimaduras. Outros seis cadáveres foram entregues às famílias após serem identificados.
Acidentes desse tipo são comuns na Nigéria, devido às más condições das estradas e dos caminhões que fazem o transporte de combustíveis. Em março de 2007, pelo menos 93 pessoas morreram no Estado de Kaduna quando recolhiam gasolina derramada em outro tombamento.
Outras 80 pessoas morreram em 2009 em um acidente com um caminhão-tanque em Ananmbra, enquanto em abril de 2011 a explosão de outro veículo de transporte de derivados de petróleo deixou mais de 50 mortos no centro do país.
Um caminhão-tanque pegou fogo e explodiu ontem na Nigéria, pouco depois de cair numa vala, matando mais de cem pessoas que haviam corrido até o local para saquear o combustível. Pelo menos 50 pessoas ficaram feridas no incidente no Delta no Rio Níger, sul do país, disse a porta-voz do Estado de Rivers, Ibim Semenitari.
Há crianças entre os mortos e dezenas de pessoas sofreram queimaduras graves. Militares, que chegaram ao local logo após o acidente, disseram que uma explosão poderia começar a qualquer momento, mas foram ignorados.
O caminhão-tanque desviou na estrada para não bater com três veículos que vinham na direção contrária e caiu numa vala. O veículo virou, o que provocou o vazamento de combustível, atraindo os moradores próximos.
Semenitari disse que o incêndio foi apagado, mas serviços de emergência ainda estavam no local para retirar os corpos. "Mais de cem pessoas foram mortas no inferno do caminhão-tanque e cerca de 50 tiveram queimaduras graves e foram hospitalizadas", disse ela.
Tendo em vista a gravidade do estado de algumas pessoas que foram hospitalizadas, o número de mortos deve subir, disse Semenitari.
"Existe a possibilidade de perdermos mais 10 a 15 pessoas, que estão em estado muito ruim", afirmou ela.
Testemunhas disseram que alguns corpos carbonizados eram vistos na área horas depois da explosão, dentre eles os de crianças. "O que esses pequenos sabem sobre pegar combustível?", indagou Alagoa Morris, coordenador do grupo de defesa Oil Watch Nigéria.
Segundo ele, algumas mulheres correram para o local da explosão, procurando desesperadamente por seus parentes. A posição de alguns corpos indicam que as vítimas tentavam fugir quando foram atingidas pelo fogo, disse Morris.
Apesar das décadas de produção petrolífera na região, a maioria dos que vivem no delta continua desesperadamente pobre e não tem acesso a cuidados médicos, educação ou trabalho. A raiva por causa desta situação faz com que, em várias ocasiões, jovens ataquem empresas de petróleo estrangeiras instaladas no local e roubem combustível dos oleodutos.
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