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Corrida eleitoral

Caminho de Trump para se reeleger depende de Flórida e Pensilvânia

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Presidente dos EUA, Donald Trump, em comício na Flórida. (Foto: Saul Loeb / AFP)

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem condições para os 270 votos do Colégio Eleitoral de que precisa para ser reeleito. Mas é preciso que tudo saia em sua direção uma segunda vez. Eleitores persuadíveis em estados de disputa acirrada precisarão mudar de lado de forma esmagadora a seu favor. Ele terá que reconquistar blocos eleitorais cruciais e a operação de participação terá que superar dramaticamente o democrata Joe Biden em um ano extraordinariamente turbulento.

"Em 2016, suas chances de ganhar a eleição eram as de conseguir um inside straight (9% de chance) no pôquer. A questão este ano é se ele pode tirar uma sequência de dois inside straights seguidos (0,81% de chance)", disse Whit Ayres, um veterano pesquisador republicano. "É teoricamente possível, mas praticamente difícil."

Embora Trump tenha vários caminhos para a vitória, seu caminho mais provável depende de vencer dois estados cruciais: Flórida e Pensilvânia. Se ele puder reivindicar ambos e se agarrar a outros estados do chamado Cinturão do Sol (área entre o sul e sudoeste dos EUA) que ele conseguiu por pouco em 2016 - como Carolina do Norte e Arizona - enquanto jogava na defesa na Geórgia e em Ohio, que ele venceu com folga em 2016, mas onde Biden agora é competitivo, ele vencerá.

A campanha de Trump também continua a despejar tempo e dinheiro em Wisconsin e Michigan, fortalezas democratas de longa data que ele conquistou pela margem mais estreita quatro anos atrás.

Trump conta com outros fatores que apontam a seu favor: a campanha e o Partido Republicano passaram anos investindo em uma poderosa operação de sensibilização do eleitor e tem 2,5 milhões de voluntários batendo em milhões de portas a cada semana.

Eles viram picos no registro eleitoral do Partido Republicano em vários estados importantes. E os eleitores de Trump estão mais entusiasmados com seu candidato do que os democratas com Biden. Os democratas são movidos mais por seu ódio a Trump.

"Nós nos sentimos melhor sobre nosso caminho para a vitória agora do que em qualquer momento da campanha este ano", disse o gerente de campanha de Trump, Bill Stepien, à equipe em uma teleconferência esta semana. "E esse otimismo é baseado em números e dados, não em sentimentos."

Mas as pesquisas mostram que Trump está atrás ou quase igualado em quase todos os Estados que precisa vencer para chegar a 270 votos no Colégio Eleitoral. Salvo algum tipo de zebra importante, Trump precisa se agarrar a pelo menos um dos três Estados que ganhou em 2016: Pensilvânia, Wisconsin ou Michigan, disse Paul Maslin, um antigo pesquisador democrata baseado em Wisconsin. "Não vejo outra maneira de Trump vencer", disse ele.

As pesquisas da Fox News divulgadas na quarta-feira mostram Biden com uma vantagem clara em Michigan e uma pequena em Wisconsin. Na Pensilvânia, pesquisas recentes mostram Biden à frente, mas variam no tamanho de sua liderança.

O "problema fundamental" de Trump, disse Ayres "é que um grande número de Estados que ele venceu confortavelmente da última vez" estão atualmente próximos.

Mesmo que a vitória de Trump em 2016 ainda assombre os democratas e tenha deixado muitos eleitores profundamente desconfiados das pesquisas públicas, observadores atentos da corrida enfatizam que 2020 não é 2016.

Biden é mais preferido do que Hillary Clinton e as pesquisas sugerem que agora há menos eleitores indecisos do que há quatro anos atrás. E Hillary foi prejudicada nas últimas semanas da campanha por uma série de contratempos, incluindo a reabertura tardia de uma investigação do FBI sobre seus e-mails. O impacto de qualquer surpresa adicional desta vez seria limitado pelo número recorde de eleitores que já votaram.

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