Um novo escândalo a poucos dias do primeiro turno eleitoral na Argentina tem colocado a campanha do atual ministro da Economia, Sergio Massa, em xeque.
O caso envolve o chefe de Gabinete da província de Buenos Aires, Martín Insaurralde, que foi exposto nas redes sociais "ostentando" uma vida luxuosa durante férias na Espanha, enquanto o país enfrenta uma grave crise econômica, que já deixou 40% da população em situação de pobreza.
Ele disputava um cargo de vereador em Lomas de Zamora, no entanto, com o escândalo, renunciou nesta segunda-feira (2), após pedido público de Massa no debate presidencial deste domingo (1).
“Insaurralde cometeu um erro grave, renunciou (ao cargo no gabinete) e tem que renunciar à candidatura”, afirmou o presidenciável.
O episódio marca a reta final da corrida eleitoral de 22 de outubro, ocasião em que o atual ministro da Economia enfrenta o libertário Javier Milei, da coligação A Liberdade Avança, e Patricia Bullrich, do Juntos pela Mudança, nas urnas.
Uma pesquisa recente, divulgada pelo Instituto Atlas Intel no final de setembro, mostra uma pequena vantagem de Massa diante de seu principal adversário, o economista Milei. Contudo, diante do caso envolvendo Insaurralde, essa projeção de votos pode estar em jogo.
Opositores de Massa aproveitam momento
O debate presidencial, ocorrido durante o final de semana, foi palco de críticas dos opositores ao governo peronista, que usaram o escândalo como estratégia em seus discursos.
“Quando os políticos dizem que a despesa pública é sagrada e que nada pode ser cortado, é porque estão se preocupando com os negócios que lhes permitem viver como monarcas”, disse Milei.
A candidata Myriam Bregman, da Frente de Esquerda e Unidade dos Trabalhadores, também afirmou que “enquanto o povo passa fome, eles vão nos seus luxuosos iates passear pela Europa”.