Campanha de Donald Trump denuncia ataque hacker: intenção seria ” interferir na eleição de 2024 e semear o caos em todo o processo democrático”| Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE
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A campanha de Donald Trump disse neste sábado (10) que teve parte de suas comunicações internas hackeadas por “fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos”, sugerindo influência do Irã no ataque. A informação veio a público depois que o jornal americano Politico confirmou ter começado a receber e-mails em 22 de julho de uma conta anônima da AOL, com documentos que pareciam ser comunicações internas de um alto funcionário da campanha republicana.

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Ao longo das últimas semanas, o anônimo passou a se identificar como “Robert”. Os documentos vazados incluem um dossiê de 271 páginas aparentemente feito pela campanha sobre o senador JD Vance, posteriormente escolhido como vice para a chapa. O levantamento trazia informações publicamente disponíveis sobre Vance, inclusive declarações contra Trump, identificadas como “potenciais vulnerabilidades”.

O anônimo também enviou um documento com informações sobre o senador da Flórida Marco Rubio, outro cotado para a indicação à vice-presidência. De acordo com o Politico, o remetente alegou ter uma “variedade de documentos, desde documentos legais e judiciais [de Trump] até discussões internas de campanha”. Questionado pelo jornal sobre a fonte dos documentos, ele respondeu: “Sugiro que não fique curioso sobre onde os obtive. Qualquer resposta a essa pergunta me comprometerá e também o restringirá legalmente de publicá-los”.

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Campanha suspeita do Irã

Por meio do porta-voz Steven Cheung, a campanha de Trump alegou, no sábado, que os documentos “foram obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos, com a intenção de interferir na eleição de 2024 e semear o caos em todo o nosso processo democrático”.

Cheung citou um relatório divulgado pela Microsoft na sexta-feira (9), mostrando que hackers iranianos “enviaram um e-mail de spear phishing [ataque cibernético que tem como alvo um indivíduo ou grupo específico] em junho para um alto funcionário em uma campanha presidencial”. A Microsoft, no entanto, não identificou a campanha visada pelo e-mail e se recusou a comentar o assunto com o Politico no sábado.

De acordo com o jornal americano, no último mês, a inteligência dos EUA recebeu crescentes evidências de que o Irã estaria conspirando para matar Trump, em retaliação ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em 2020.

Neste sábado, Cheung disse que “os iranianos sabem que o presidente Trump acabará com seu reinado de terror, assim como fez em seus primeiros quatro anos na Casa Branca”.