Roma – Os eleitores italianos deverão votar amanhã e segunda-feira sem ter assimilado os programas dos dois candidatos a primeiro-ministro: o conservador Silvio Berlusconi e centro-esquerdista Romano Prodi, que encerraram ontem a disputa aberta por votos. Ambos se preocuparam mais em trocar acusações do que em apresentar programas nos últimos dias. Eles dependem da colocação dos parlamentares da União (Prodi) e da Casa da Liberdade (Berlusconi), que tinham 52% e 46,7% na última pesquisa, respectivamente.

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Berlusconi fez uma campanha voltada para o medo, acenando com a volta do comunismo. Não poupou críticas e mesmo ofensas contra os adversários políticos, juízes de Milão que conduzem processos contra ele e até à imprensa nacional e internacional. Berlusconi chegou a acusar Prodi de "o impedir de falar pela televisão", o que levou o candidato de centro-esquerda a lembrar que quem controla o sistema audiovisual italiano não é ele, mas o primeiro-ministro.

A opção pela radicalização e ataques pessoais pode ser explicada pela dificuldade de Berlusconi para defender o balanço negativo dos cinco anos de sua administração – muito bem explorado pelos adversários.

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