A campanha para as eleições presidenciais de Honduras continua, apesar das crescentes ameaças da comunidade internacional de não reconhecer o pleito, estimulado pelo governo de facto depois da deposição, em junho, do presidente Manuel Zelaya.

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Apesar do número reduzido de participantes em relação aos comícios passados, os candidatos presidenciais aparecem todos os dias nos meios de comunicação e reafirmam os chamados do governo de facto e das autoridades eleitorais para votar em 29 de novembro.

Mas até agora a Organização dos Estados Americanos (OEA) ameaça não reconhecer o vencedor das eleições se o presidente Zelaya não voltar ao poder. Ele foi deposto e expulso do país em 28 de junho pelos militares.

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O mandatário de facto e antigo rival de Zelaya, Roberto Micheletti, aposta na campanha eleitoral para resolver a crise, desencadeada pelo golpe de Estado que foi criticado pela comunidade internacional e que deixou isolado diplomaticamente um dos países mais pobres da América Central.

"O processo segue, não há nenhuma dúvida. Todo mundo vai reconhecê-lo", disse Marlon Lara, chefe de campanha do candidato do Partido Liberal, Elvin Santos, que está em segundo lugar nas pesquisas para a corrida presidencial. O candidato apresentou nesta terça-feira seu plano de governo.

As campanhas avançam em meio a chamados para que o Congresso decida o quanto antes sobre a restituição de Zelaya, um passo chave para superar a crise e que faz parte de um acordo assinado no fim de outubro entre os negociadores de Micheletti e do presidente deposto.

O acordo, assinado sob pressão de Washington, também contemplava a formação de um governo de unidade nacional.

Mas o otimismo pelo acordo, elogiado por Estados Unidos e a OEA como um avanço democrático, não durou muito. Micheletti e Zelaya acusaram-se mutuamente de não cumpri-lo.

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