A campanha para a eleição presidencial iraniana terminou nesta quinta-feira (13), véspera da votação em que um único candidato moderado disputa com chances remotas contra vários rivais linha-dura.
Os radicais não conseguiram se unir em torno de um só nome, o que potencialmente divide seus votos e melhora as chances do clérigo moderado Hassan Rohani para chegar a um segundo turno.
O futuro presidente não deve promover mudanças importantes no polêmico programa nuclear iraniano ou no apoio do país ao governo da Síria, já que o líder supremo do regime islâmico iraniano, aiatolá Ali Khamenei, dá as cartas nas principais questões.
Todos os candidatos, com exceção do negociador nuclear Saeed Jalili, defendem uma abordagem menos intransigente nas discussões da política atômica com potências mundiais. O presidente pode influenciar o tom da política externa iraniana com a escolha das suas viagens internacionais. Khamenei, de 73 anos, nunca viaja para fora do Irã.
O presidente também terá a tarefa de tentar consertar uma economia abalada pela intensificação das sanções internacionais e pela disparada da inflação, alimentada por subsídios estatais e pela corrupção.
A eleição presidencial da sexta-feira é a primeira no Irã desde 2009, quando reformistas apontaram fraude na votação que reelegeu Mahmoud Ahmadinejad, desencadeando os maiores protestos no país desde a Revolução Islâmica de 1979.
Analistas dizem que Khamenei está determinado a ter um presidente menos problemático e mais obediente, e acima de tudo sem repetir os distúrbios de 2009, que abalaram a legitimidade do país. Por causa disso, a campanha, que terminou às 8h da quinta-feira (hora local), foi desanimada e fortemente restrita.
Mas Rohani parece ter crescido na reta final, atraindo uma multidão no seu último comício, na cidade sagrada de Mashhad (leste). No final da noite, apareceram nas redes sociais fotos mostrando o que parecia ser um público considerável em atos públicos, desencorajados pelas autoridades, em favor de Rohani. Houve comícios também dos candidatos radicais na capital.
Embora tenha o apoio de reformistas isolados politicamente desde a eleição de 2009, Rohani ainda é visto como uma figura do "establishment", embora menos dogmático e mais aberto à conciliação com o Ocidente.
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