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Dias depois de sofrer ataques por sua atuação na iniciativa privada, o pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, reagiu nesta segunda-feira, acusando seu rival, o presidente democrata Barack Obama, de beneficiar seus maiores doadores de campanha, em detrimento dos 23 milhões de desempregados do país.

O ataque inclui um vídeo intitulado "Dividendos Políticos e Demissões na Classe Média", e a acusação, feita por um importante assessor do republicano, de que a Casa Branca deu uma garantia creditícia de centenas de milhões de dólares à empresa Fisker, fabricante de carros elétricos que teria recebido investimentos de um aliado que arrecada doações para Obama.

"Isso é pegar os seus dólares e colocá-los em um negócio pertencente a contribuintes da sua campanha", disse Romney num evento em Baton Rouge, na Louisiana. "Isso cheira a alguma coisa na melhor das hipóteses. Fede."

Essas declarações indicam um acirramento no tom da campanha, enquanto as pesquisas mostram um virtual empate entre os dois políticos que se enfrentarão na eleição de 6 de novembro.

"Está ficando feio, o pior que eu já vi", disse a professora aposentada Maureen Johnson, de 76 anos, durante um evento da campanha de Obama em Ohio. "Mas não acho que irá parar."

Romney criticou Obama pelo desemprego de 8,2 por cento, e disse que o problema pode ser até mais grave do que parece. O republicano tem tentado trazer os assuntos econômicos para o centro da campanha, mas na semana passada precisou dar entrevistas se explicando por acusações relativas à época em que era executivo de uma firma de investimentos.

Em entrevistas na sexta-feira, ele exigiu que Obama peça desculpas pela insinuação, lançada por um assessor democrata, de que Romney teria violado leis ao descrever de forma imprecisa sua função na empresa Bain Capital.

Obama não se retratou dos comentários, e um aliado dele, o prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, disse que Romney deveria "parar de choramingar".

Cotado para ser vice na chapa republicana, o governador da Louisiana, Bobby Jindal, saiu em defesa de Romney.

"Este presidente não pode concorrer com base no seu histórico, então ele precisa mentir acerca do histórico do governador Romney", afirmou Jindal num evento de arrecadação eleitoral. Ele disse que Obama foi "o presidente mais liberal e incompetente desde que Jimmy Carter esteve na Casa Branca".

Num evento em Ohio, Obama zombou do seu rival, a quem costuma acusar de ter estimulado a transferência de postos de trabalho dos Estados Unidos para a China.

"Há um novo estudo de economistas apartidários que diz que o plano econômico do governador Romney criaria 800 mil empregos. Só há um problema. Os empregos não seriam (nos Estados Unidos) da América."

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