O porta-voz-chefe das Forças de Defesa de Israel, brigadeiro Avi Benayahu declarou a um canal de televisão que a ação terrestre na Faixa de Gaza não será curta. "Levaremos muitos longos dias", declarou.
O ministro da Defesa do país, Ehud Barak, também alertou que a campanha "não será fácil e não será curta". "Não buscamos a guerra, mas não abandonaremos aos ataques do Hamas que vêm ocorrendo", disse ainda.
Tropas israelenses entraram por terra na Faixa de Gaza neste sábado (3), dando continuidade a uma ofensiva iniciada há oito dias com ataques aéreos.
A entrada no território palestino aconteceu já durante a noite.
Os militares informaram que a incursão tem como objetivo isolar áreas de onde palestinos estariam disparando foguetes contra território israelense.
"O objetivo é destruir a infraestrutura de terror do Hamas na área de operações", disse a major Avital Leibovitch, porta-voz do Exército. "Vamos tomar algumas das áreas de lançamento usadas pelo Hamas", acrescentou.
"Espero que os resultados dessa operação tragam tranquilidade no longo prazo. No momento em que eles dispararem, nós responderemos com grande força", disse a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, na TV israelense. "Pode ser que sejam necessárias várias operações", acrescentou.
De acordo com o diário israelense "Haaretz", um grande número de forças está participando do ataque, incluindo infantaria, tanques, grupos de engenharia, artilharia e inteligência, com apoio da Força Aérea, da Marinha e do serviço de segurança Shin Bet.
Durante o dia, tanques israelenses que cercam a Faixa de Gaza abriram fogo contra o território pela primeira vez desde o início da ofensiva militar, há oito dias. A operação ocorre menos de 24 horas após a morte de um dos líderes militares do Hamas, Abu Zakaria al-Jamal.
O diário "Haaretz" informa ainda que, segundo oficiais israelenses, havia cerca de 10 mil homens preparados para a invasão na fronteira da Faixa de Gaza, antes de ela ser autorizada. Segundo o jornal, os comandantes estavam divididos sobre qual seria o melhor momento para iniciar a movimentação terrestre, já que a entrada em Gaza poderá causar grande quantidade de baixas. Também argumentava-se que o Hamas já havia sido suficientemente afetado pelos ataques aéreos dos últimos oito dias
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