Obama cancela eventos
O candidato democrata Barack Obama cancelou seus principais eventos de quinta e sexta-feira para visitar sua avó, que está seriamente doente no Havaí. Ontem, ele se reuniu com os governadores do Colorado, Michigan, Novo México e Ohio em Lake Worth, cidade costeira da Flórida. Todos são democratas, e seus estados, com exceção de Michigan, votaram a favor do republicano George W. Bush na eleição presidencial de 2004.
Estudante curitibana vai acompanhar eleição
Se as eleições nos EUA são apenas motivo de curiosidade para muita gente, para uma aluna do terceiro ano do curso de Relações Internacionais da UniCuritiba o assunto é do maior interesse. Gabriela Prado, de 22 anos, foi a escolhida do Paraná para integrar um programa da embaixada norte-americana que levará 20 estudantes para Raleigh, na Carolina do Norte, e à capital, Washington, para acompanharem a escolha do 44º presidente dos EUA.
Nova Iorque - Na eleição mais cara da história dos EUA, nem a crise econômica impediu que as campanhas do republicano John McCain e do democrata Barack Obama fossem inundadas até setembro por doações individuais acima de US$ 25 mil, inclusive de membros de bancos falidos como Lehman Brothers e Bear Sterns e da seguradora AIG, que recebeu US$ 85 bilhões do governo neste ano.
Até o mês passado, o total de grandes doações somou US$ 300 milhões, com McCain sendo o beneficiário de pouco mais do que Obama. Em 2004, cheques acima de US$ 25 mil somaram US$ 69 milhões.
Apesar do limite de US$ 2.300 por doação individual, eleitores podem superar o total enviando cheques a comitês mistos que arrecadam para os candidatos e os partidos ao mesmo tempo graças a uma brecha na legislação de financiamento de campanha.
As instituições financeiras foram as responsáveis pela maior porção do total de doações acima de US$ 25 mil aos comitês, segundo análise do New York Times, com o maior número de cheques do setor sendo encaminhados para a campanha republicana.
O perfil dos grandes doadores diz muito sobre as campanhas. Até um quinto do total de grandes doações a McCain anti-regulação e contrário à elevação de impostos veio do setor financeiro, seguido pelo setor imobiliário e os que se dizem aposentados.
As indústrias de petróleo e gás também contribuíram regiamente, talvez inspiradas pela esperança de lucros vislumbrada pelo mote "perfure, baby, perfure da chapa republicana.
McCain e sua candidata a vice, Sarah Palin, defendem explorar petróleo em alto mar, algo hoje proibido. Um executivo da Cumberland Resources, mineradora de carvão da Virgínia, doou o máximo de US$ 70,1 mil permitido por republicanos. O fundador da companhia financeira TD Ameritrade, Joe Ricketts, fez o mesmo, assim como Meg Whitman, ex-diretora da eBay e assessora de McCain.
Obama também recebeu a maior parte das quantias vultosas de instituições financeiras. Depois vêm aposentados e advogados, seguidos pelo setor imobiliário. Outra indústria que investe em Obama é a do entretenimento o candidato faz sucesso em Hollywood e conta com fãs como Melanie Griffith, que doou o máximo permitido pelos democratas, US$ 33,1 mil. O exemplo foi seguido por John M. Noel, diretor de uma afiliada da AIG, e James E. Rogers, diretor da Duke Energy, da Carolina do Norte.
Algumas empresas foram, segundo o Times, especialmente generosas com um ou outro candidato. Três altos executivos do banco Merrill Lynch, recentemente vendido para o Bank of America, doaram US$ 28,5 mil cada para McCain. Dúzias de empregados do Goldman Sachs doaram mais de US$ 25 mil a Obama.
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