O governo do Canadá disse, na quarta-feira (4), que as mulheres americanas podem ir ao país para abortar, depois que vazou nos Estados Unidos o projeto de lei para uma decisão da Suprema Corte a favor da anulação do direito ao aborto.
A ministra de Famílias, Crianças e Desenvolvimento Social canadense, Karina Gould, declarou que o país pode prestar “serviços de interrupção da gravidez” a cidadãs americanas. No Canadá, não existe lei de aborto, e que tudo o que as mulheres precisariam fazer seria pagar o custo do procedimento.
Também na quarta, jornais americanos de cidades localizadas na fronteira com o Canadá, como Detroit, lembraram aos seus leitores que o aborto é legal no país vizinho e que as mulheres podem recorrer às clínicas canadenses.
A ministra expressou seu receio de que a possível revogação dos direitos ao aborto nos EUA pudesse afetar o Canadá. Ela afirmou que estarão vigilantes para que "algo assim não aconteça aqui", e acrescentou que 74% dos deputados do Partido Conservador do Canadá, principal grupo de oposição, se opõem ao aborto.
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De sua parte, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que defenderá os direitos das mulheres no Canadá e no resto do mundo; e lembrou que "todas as mulheres canadenses têm direito a um aborto legal e seguro".
Trudeau acrescentou que seu governo está considerando apresentar um projeto de lei para garantir o direito ao aborto no país.
Embora o aborto seja legal no Canadá, desde que a Suprema Corte derrubou a legislação existente em 1988, não existe uma lei que regule o tema.
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